Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Trump busca contato com a China, nos bastidores, para negociar tarifas

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Quinta, 01 de Maio de 2025 às 15:40, por: CdB

“Os EUA entraram em contato proativamente com a China por meio de vários canais, na esperança de manter discussões sobre a questão tarifária”, disse o veículo da mídia chinesa Yuyuan Tantian.

Por Redação, com agências internacionais – de Pequim e Washington

Os Estados Unidos abordaram a China em busca de negociações sobre as tarifas de 145% do presidente Donald Trump, informou nesta quinta-feira uma conta de mídia social afiliada à mídia estatal chinesa, potencialmente sinalizando a abertura de Pequim às negociações.

Trump busca contato com a China, nos bastidores, para negociar tarifas | Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca
Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca

“Os EUA entraram em contato proativamente com a China por meio de vários canais, na esperança de manter discussões sobre a questão tarifária”, disse o veículo da mídia chinesa Yuyuan Tantian em uma publicação em sua conta oficial na rede social Weibo, citando fontes anônimas.

Autoridades dos EUA, incluindo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, também expressaram esperança de progresso no alívio das tensões comerciais.

 

Impostos

Hassett disse ao canal norte-americano de notícias CNBC que houve “discussões vagas entre ambos os governos” sobre as tarifas e que a flexibilização dos impostos da China sobre alguns produtos dos EUA na semana passada foi um sinal de progresso.

Pequim fez pouco esforço para conter sua indignação com as tarifas que, segundo o país, representam uma intimidação e não conseguem deter a ascensão de sua economia, a segunda maior do mundo. Em vez disso, a China mobilizou a condenação pública e global das restrições às importações — sem demonstrar interesse em uma trégua.

Além de alavancar sua máquina de propaganda para reagir às taxas, a China estabeleceu discretamente uma lista de produtos fabricados nos EUA que serão isentos de suas tarifas retaliatórias de 125% — incluindo produtos farmacêuticos selecionados, microchips e motores a jato, como informou a agência inglesa de notícias Reuters.

 

Acordo

Bessent não mencionou qualquer conversa específica durante uma entrevista ao canal norte-americano de TV Fox Business Network, mas disse que as altas tarifas de 145% do lado norte-americano e 125% do lado chinês precisavam ser reduzidas para que as negociações começassem.

— Estou confiante de que os chineses vão querer chegar a um acordo. E, como eu disse, este será um processo de várias etapas. Primeiro, precisamos reduzir a tensão e, com o tempo, começaremos a nos concentrar em um acordo comercial mais amplo — acrescentou Bessent.

Ele afirmou, por fim, que uma das primeiras medidas seria revisitar a falha da China em cumprir os compromissos de compra de produtos norte-americanos como parte do acordo comercial de ‘Fase 1’ de Trump, em 2020, que encerrou a guerra comercial do primeiro mandato do republicano.

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