Com tom irônico e indignado, Paes classificou a discussão como uma “perda de tempo” e ironizou a prioridade dada ao carnaval.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A polêmica sobre a administração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí acendeu uma nova crise política no Rio de Janeiro. Menos de uma hora após a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) derrubar o veto do governador Cláudio Castro (PL) ao projeto que devolve o controle do espaço ao governo estadual, o prefeito Eduardo Paes (PSD) foi às redes sociais para criticar duramente a base do governador. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito afirmou que vai recorrer da decisão.
Com tom irônico e indignado, Paes classificou a discussão como uma “perda de tempo” e ironizou a prioridade dada ao carnaval, afirmando que o Estado aparentemente “tem tempo e dinheiro de sobra” para cuidar do evento, enquanto áreas como segurança pública e infraestrutura seguem carentes de atenção.
– Isso tudo porque o Estado do Rio está muito seguro, sem qualquer problema nas suas forças de segurança e com a situação financeira muito estável. Ou seja: com tempo e dinheiro para cuidar de carnaval. Meu Deus do céu! Só a discussão desse tema já é uma perda de tempo tão grande… – escreveu Paes em sua conta no X (antigo Twitter).
Imperator e o Theatro Municipal
O prefeito ainda sugeriu que o governo estadual deveria repassar à prefeitura do Rio espaços como o Imperator e o Theatro Municipal, reforçando que “quem tem que cuidar dessas coisas é o município”. A crítica mais dura, porém, veio em forma de cobrança por ações concretas em áreas prioritárias: “Dediquem mais tempo e foco à segurança, à melhora do IDEB, à saúde pública, à ampliação do metrô e da SuperVia, e a grandes investimentos em infraestrutura”.
Apesar da indignação, Eduardo Paes fez questão de ressaltar que o próprio governador Cláudio Castro havia vetado o projeto de lei — decisão revertida pela Alerj. “Em tempo: gostaria de destacar que o governador Cláudio Castro vetou esse delírio. Ele sabe que há coisas mais importantes para cuidar”, pontuou, encerrando com mais uma crítica à alocação de recursos:
– E sabe também o quanto as prefeituras da Baixada e do interior precisam dos milhões que essa turma quer gastar com carnaval – disse Paes, reforçando que vai recorrer na Justiça contra a decisão do Legislativo.