No Brasil, a demanda por colaboradores “home office” também cresceu, principalmente entre profissionais com ensino superior. Um dos exemplos mais sólidos é a IP.TV, que há mais de 20 anos atua em soluções para tevê interativa e videoconferência multiponto por Internet Protocol (IP).
Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro
Duas expressões foram incorporadas ao dia a dia do brasileiro nos últimos dois anos: “home office” e “trabalho híbrido”. Essas palavras ganharam força impulsionadas pela pandemia do Coronavírus, alterando a rotina no mercado de trabalho, nas salas de aula e na casa das pessoas. O tradicional trabalho presencial perdeu terreno para a forma remota, ao ponto de multinacionais como Dell, Amazon e Zoom adotarem o “home office” definitivamente.
No Brasil, a demanda por colaboradores “home office” também cresceu, principalmente entre profissionais com ensino superior. Um dos exemplos mais sólidos é a IP.TV, que há mais de 20 anos atua em soluções para tevê interativa e videoconferência multiponto por Internet Protocol (IP) aplicada em projetos educacionais para realização de aulas ao vivo, por meio da IP.TV School. Atualmente, a IP.TV mantém mais de 85% dos funcionários em trabalho híbrido.
'Nômades digitais'
– Desde 2012 já temos experiências pontuais com colaboradores trabalhando em regime de home office. No entanto, antes da pandemia, o percentual de colaboradores nesta modalidade era muito baixo. A empresa sempre viu com bons olhos o trabalho remoto, mas nossos processos originalmente não tinham sido desenhados para uma realidade 100% remota – diz Leandro Patricio, CEO da IP.TV.
A flexibilidade proporcionada pelo “home office” aliada à economia do tempo, já que colaboradores não precisam se deslocar, é motivo de comemoração entre muitos profissionais.
– O tipo de trabalho que desempenho exige uma maior concentração, o que consigo obter de forma mais natural em minha residência. Além disso, havia uma perda de tempo em deslocamento não inferior a três horas diárias, gerando um desgaste físico e emocional que influenciava negativamente a minha produtividade – conta Thiago Santos, arquiteto de Soluções em Nuvem.
A procura por colaboradores chamados de “nômades digitais” — profissionais que com a ajuda da tecnologia cumprem suas funções de qualquer lugar do mundo — também já faz parte da realidade da empresa.
– Nunca tivemos funcionários de outros países, mas já temos vagas abertas para candidatos de qualquer parte do mundo. Inclusive, o processo seletivo está em andamento – afirma Patrício.
Infraestrutura e o mercado tradicional
Mesmo com a forte presença do trabalho remoto, a IP.TV ainda conta com profissionais presenciais. De acordo com Leandro Patricio, a busca por melhor infraestrutura, internet mais rápida, espaço e disponibilidade de equipamento faz com que colaboradores optem por se deslocar até o escritório localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
– No início da pandemia, ficamos em torno de três a quatro meses utilizando o modelo 100% remoto. Nesse período, precisei comparecer ao escritório eventualmente, por conta de algumas indisponibilidades da infraestrutura de TI ou devido à necessidade de instalar algum novo equipamento. Atualmente, estamos em regime de escala da nossa equipe de suporte, indo ao escritório uma ou duas vezes por semana – explica Frank Allan, Gerente de Suporte.
Sobre o mercado híbrido, Patrício diz que essa será a tendência em diversos setores, em particular, o setor de tecnologia.
– A IPTV irá manter o modelo híbrido no futuro.O setor de tecnologia deverá ser pioneiro nesse movimento, pois a familiaridade dos funcionários em utilizarem ferramentas de gerenciamento de projetos em nuvem e videoconferência permite uma transição de modelo de trabalho mais natural – afirma.
Pesquisa
Questionado se esta modalidade será o preferido das empresas no período pós-pandemia, Leandro explica que “depende da cultura da empresa, do setor da indústria e da dinâmica de cada equipe”.
– Na IPTV, o modelo híbrido mostrou que não apenas funciona, mas também aumenta a produtividade da maior parte dos times e, por isso, será o modelo preferido – sublinha.
Redução do “home office”
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em julho, o número de colaboradores em regime “home office” caiu 20 pontos percentuais em relação a 2020. Para o CEO da IP.TV, “a proporção entre os trabalhos remoto e presencial precisará ser calibrada de acordo com a os seguintes fatores: necessidade de relacionamento interpessoal entre os colaboradores, realização de dinâmicas de grupo que não são replicáveis de forma fidedigna em ambiente virtual, em especial para trabalhos criativos e a possível indisponibilidade de infraestrutura e equipamentos nas casas dos colaboradores.
– É importante observar que nenhuma empresa do mundo ainda tem dados suficientes para saber qual a proporção ideal. Isso precisará ser aprendido ao longo do tempo, com a observação continuada das novas experiências de trabalho que estamos vivenciando – analisou.
A IP.TV School possui mais de 10 mil salas de aula por todo o Brasil, atende mais de nove milhões de alunos, tem mais de 350 mil professores e dezenas de estúdios ao vivo.