A revelação reforça a suspeita de que as joias teriam sido pagamento de propina a Bolsonaro pelos sauditas pela venda de ativos da Petrobras, dentre eles a Refinaria Landulpho Alves (RLAM). O documento, enviado pelo embaixador Marcelo Della Nina em 15 de novembro de 2021.
Por Redação - de Brasília
Um telegrama da embaixada brasileira na capital saudita, Riade, que veio à tona nesta sexta-feira, revela que durante a viagem em que "presentes" foram dados a Jair Bolsonaro (PL) pelo governo local, dentre eles um estojo de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, uma reunião foi realizada para discutir a entrega de ativos da Petrobras e um possível convite para o Brasil integrar uma versão estendida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A revelação reforça a suspeita de que as joias teriam sido pagamento de propina a Bolsonaro pelos sauditas pela venda de ativos da Petrobras, dentre eles a Refinaria Landulpho Alves (RLAM). O documento, enviado pelo embaixador Marcelo Della Nina em 15 de novembro de 2021.
Durante o encontro, o então ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério das Minas e Energia, Christian Vargas, reuniram-se com o príncipe Abdulaziz bin Salman bin Abdulaziz Al Saud.
Discussão
Embora Bolsonaro não estivesse presente na comitiva, os brasileiros receberam as joias como "presente" a ser entregue ao então chefe do Executivo brasileiro. O telegrama não menciona os supostos presentes, mas destaca a discussão sobre a Petrobras e a Opep+.
Durante a reunião, Albuquerque destacou a importância da parceria entre o Brasil e a Arábia Saudita no setor de energia e solicitou à parte saudita uma comunicação oficial sobre o convite ao Brasil para integrar a Opep+, comprometendo-se a submeter o assunto à consideração do presidente e demais órgãos de governo implicados.