Segundo fontes ouvidas por diversos repórteres, a companheira do possível assassino do filho, o vereador Doutor Jairinho (Solidariedade-RJ), chorou durante toda a noite passada. Sozinha na cela, Medeiros chegou a gritar por ajuda algumas vezes, pedindo para falar com qualquer pessoa.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Mãe do menino Henry, de 4 anos, assassinado com requintes de crueldade segundo laudo do Instituto Médico Legal do Estado do Rio de Janeiro (IML), Monique Medeiros, de 32 anos, passou sua primeira noite na cadeia aos prantos. Presa, na véspera, ela foi encaminhada ao Instituto Penal Ismael Sirieiro, presídio feminino em Niterói (RJ).
Segundo fontes ouvidas por diversos repórteres, a companheira do possível assassino do filho, o vereador Doutor Jairinho (Solidariedade-RJ), chorou durante toda a noite passada. Sozinha na cela, Medeiros chegou a gritar por ajuda algumas vezes, pedindo para falar com qualquer pessoa.
Jairinho e a namorada foram presos temporariamente na quinta-feira, sob suspeita de homicídio qualificado, após decisão judicial favorável a representação movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O Judiciário pediu a prisão por 30 dias, já que o crime é considerado hediondo.
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O casal está isolado por questão de segurança, ameaçados de agressão por outros detentos, revoltados com a frieza e as circunstâncias macabras em que ocorreu o assassinado; além da quarentena obrigatória de 14 dias, devido à pandemia da covid-19. No pedido, o promotor Marcos Kac diz que a prisão é necessária para possibilitar o aprofundamento das investigações policiais.
Jairinho e Monique são suspeitos de tentar atrapalhar a apuração sobre a morte do menino Henry Borel. O advogado deles entrou com pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio, e aguarda julgamento do recurso.
Semanas antes da morte do menino, a babá Thayná Ferreira relatou a Monique que Henry estava sendo agredido pelo padrasto. À polícia, no entanto, ela disse que nunca notou nada de anormal na relação entre o casal e o menino. O delegado do caso, Henrique Damasceno, acredita que a versão falsa contada à polícia pela babá é um dos indícios que demonstram que o casal tentou interferir nas investigações.
Tanto a babá quanto a faxineira Leila Rosângela Mattos tiveram um encontro reservado com a defesa do casal, dias antes do depoimento prestado, em juízo. Elas disseram que a irmã de Jairinho pediu a elas que fossem ao escritório de André França Barreto.