A federação terá dez deputados, 138 prefeitos eleitos em 2024 e um governador — Clécio Luís, do Amapá. A nova estrutura será comandada por Ovasco Resende, do PRD.
Por Redação – de Brasília
Os partidos Solidariedade (SD) e Renovação Democrática (PRD) planejam oficializar, nesta quarta-feira, a formação de uma federação partidária, com anúncio marcado para uma solenidade na Câmara. O movimento é parte de uma estratégia para enfrentar o endurecimento das regras de financiamento público a partir de 2026.

A federação terá dez deputados, 138 prefeitos eleitos em 2024 e um governador — Clécio Luís, do Amapá. A nova estrutura será comandada por Ovasco Resende, do PRD, enquanto a vice-presidência ficará com o deputado Paulinho da Força, dirigente nacional do SD.
A federação será formalizada ainda esta semana, em cartório, e encaminhada em seguida ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por homologar o acordo. Uma vez oficializada a união, os dois partidos passam a atuar em uma única legenda pelos próximos quatro anos, com candidaturas e decisões políticas conjuntas.
Critérios
O alinhamento ideológico à direita, no entanto, é uma motivação menor do que o interesse financeiro. A partir de 2026, entra em vigor um novo modelo que endurece os critérios para acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na televisão. Mesmo após fusões e incorporações — o PRD nasceu da junção entre PTB e Patriota, enquanto o Solidariedade absorveu o Pros — os dirigentes consideram que essas medidas não bastam para assegurar a sobrevivência das siglas.
Segundo Paulinho da Força, a federação pode ser o caminho para ganhar musculatura política e atrair novas legendas ao bloco.
— Nós estamos trabalhando para construir uma candidatura ao centro — concluiu o ex-líder sindical.