A tentativa de aquisição hostil incluía a fatia que era do Pátria Investimentos em 2021 e, mais recentemente, de parte das ações em poder do então bloco de controle formado por médicos fundadores da companhia. Tanure tem, hoje, 63,3% do capital e é o presidente do conselho de administração.
Por Redação, com Bloomberg - de São Paulo
Empresas tradicionais podem ser alvo ou partir para o ataque. A segunda opção foi a escolha estratégica tomada pelo Grupo Alliar depois de quase ser adquirido de forma hostil pela Rede D’Or. Dono do CDB, rede de laboratórios de São Paulo responsável por 40% do seu faturamento, o Grupo Alliar é controlado pelo empresário Nelson Tanure desde abril deste ano, depois de aquisição de participações acionárias de forma gradual desde meados do ano passado.
O empresário baiano Nelson Tanure participa do setor petrolífero e, agora, também na área da saúde
Isso incluiu a fatia que era do Pátria Investimentos em 2021 e, mais recentemente, de parte das ações em poder do então bloco de controle formado por médicos fundadores da companhia. Tanure tem, hoje, 63,3% do capital e é o presidente do conselho de administração.
Espaço
A ascensão de Tanure deu início a um novo posicionamento da Alliar, cujo plano estratégico em elaboração para os próximos cinco anos tem a ambição de alçá-lo ao posto de maior player de saúde suplementar do Brasil, uma condição ainda distante. Para isso, os planos são ampliar seu portfólio, fazer aquisições em um mercado ainda fragmentado e apostar em novas áreas, como medicina do esporte e genômica.
É o que revela Pedro Thompson, que assumiu como CEO da Alliar há menos de dois meses. O grupo pretende também reforçar sua presença no segmento de análises clínicas, que atualmente representa cerca de 15% das receitas, disse em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg Línea, a sua primeira no cargo.
— Dá para crescer muito mais e buscar receita fora do mundo das operadoras — resumiu o executivo.