Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Setores da PF prevaricam ao liberar Flávio Bolsonaro de investigação, afirma advogada

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Terça, 04 de Fevereiro de 2020 às 10:35, por: CdB

“Setores da PF ligados ao Moro parecem que estão prevaricando em troca de cargo para ministro do STF. Faz parte das promessas de Bolsonaro para ele, mas nós imaginamos que o cargo de ministro do Supremo é pouco para Moro, que é muito novo. Ele quer ser presidente da República", afirmou Mandarino.

 
Por Redação, com RBA - de São Paulo
  A conclusão da Polícia Federal de que não há evidências de que o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) lavou dinheiro com transações imobiliárias é a prova de que setores da PF estão prevaricando, em interesse do ministro da Justiça, Sergio Moro. A afirmação é da advogada Tânia Mandarino, do coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia,  em entrevista nesta terça-feira à Rádio Brasil Atual (RBA).
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Flávio Bolsonaro é acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
A advogada alerta que a conclusão da PF, que beneficia o filho de Jair Bolsonaro, pode ter sido uma troca de favores entre Moro e o presidente. “Setores da PF ligados ao Moro parecem que estão prevaricando em troca de cargo para ministro do STF. Faz parte das promessas de Bolsonaro para ele, mas nós imaginamos que o cargo de ministro do Supremo é pouco para Moro, que é muito novo. Ele quer ser presidente da República e há negociatas feitas”, presumiu.

Polêmica

Na véspera, a Polícia Federal noticiou não haver indícios de que Flávio tenha cometido os crimes de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica no inquérito que mira as negociações de imóveis feitas pelo senador. Tânia lembra que a Polícia Federal, que teve máxima autonomia nos governos do PT, agora perde a isenção na gestão Bolsonaro. Entretanto, ela lembra que essa mesma independência resultou num estado de exceção no órgão. “Não é só a questão da autonomia da PF que preocupa, mas a autonomia dada ao Ministério Público também foi grande. Quando houve a votação da PEC 37, teve uma grande polêmica no Brasil”, lembra, ao citar o projeto legislativo que pretendia emendar a Constituição brasileira para incluir a apuração de investigações criminais como atividade privativa da polícia judiciária.
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