Segunda, 21 de Fevereiro de 2022 às 12:11, por: CdB
Esse fenômeno é classificado pela presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, como ação de um “Robin Hood ao contrário”. Isso porque grande parte do crescimento de 35% no lucro desses bancos em 2021, comparado ao ano anterior, vem de dinheiro que sai do bolso dos clientes.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Durante os dois anos da pandemia, fechados agora em março, o fechamento de milhares de empresas foi a regra. A exceção coube a um setor se deu bem como sempre: o financeiro. Quatro dos maiores bancos brasileiros, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, acumularam lucro de R$ 157,4 bilhões em 2020 e 2021. O dado não registra o resultado da Caixa Federal, cujo balanço ainda não foi divulgado.
Os bancos passam a ter acesso a dados sensíveis dos correntistas e ampliam suas margens de lucro
Esse fenômeno é classificado pela presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, como ação de um “Robin Hood ao contrário”. Isso porque grande parte do crescimento de 35% no lucro desses bancos em 2021, comparado ao ano anterior, vem de dinheiro que sai do bolso do povo.
— Houve aumento da carteira de crédito de pessoa física. E parte é do cartão de crédito rotativo. Ou seja, ruim, porque as pessoas não conseguem pagar a fatura toda. Paga o mínimo e fica devendo. Aí entra nos juros de 350% ao ano — relata a dirigente sindical à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA).
Banqueiros
Segundo Juvandia Moreira, “outra parte veio da redução das despesas administrativas”.
— Emblemático porque tem muita gente em teletrabalho e os bancos economizaram em viagem, energia elétrica, internet etc. Ao reduzir esses gastos aumentaram os lucros — acrescentou.
O bancos ainda ganharam mais com cobrança de tarifas e prestação de serviços.
— Ou seja, a população está pagando. Resumindo, o lucro vem de tirar dinheiro da população e colocar nas mãos dos acionistas dos bancos. O chamado Robin Hood ao contrário. Tira do povo que está endividado para dar para os banqueiros — resume.