Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Rússia diz que não suspenderá aviões Sukhoi

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Segunda, 06 de Maio de 2019 às 07:20, por: CdB

Investigadores começaram a tentar descobrir por que o avião da Aeroflot, que voava de Moscou a Murmansk, cidade do norte russo, foi forçado a fazer um pouso de emergência e por que esse pouso deu tão errado.

Por Redação, com Reuters - de Moscou

A Rússia não vê razão para suspender a aeronave de fabricação nacional Sukhoi Superjet 100, apesar de uma delas ter sofrido um incêndio durante um pouso de emergência que resultou em 41 mortes, disse o ministro dos Transportes nesta segunda-feira.
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Avião de passageiros em chamas após pouso de emergência em aeroporto de Moscou Comitê Investigativo da Rússia
O pouso forçado de domingo foi o segundo contratempo do avião, o primeiro jato de passageiros novo desenvolvido na Rússia desde a queda da União Soviética e alardeado por Moscou como prova de que é capaz de produzir suas próprias aeronaves de uso civil de alta qualidade. Investigadores começaram a tentar descobrir por que o avião da Aeroflot, que voava de Moscou a Murmansk, cidade do norte russo, foi forçado a fazer um pouso de emergência e por que esse pouso deu tão errado. Várias versões estão sendo analisadas, inclusive falha técnica, erro humano e condições climáticas ruins. Indagado por repórteres em uma coletiva de imprensa se os aviões Sukhoi deveriam ser suspensos à espera do desfecho da investigação, o ministro dos Transportes russo, Yevgeny Ditrikh, respondeu: “Não há motivo para isso”. Imagens de televisão mostraram o avião pegando fogo na pista do aeroporto de Sheremtyevo, em Moscou, ao fazer um pouso de emergência no domingo. O avião transportava 73 passageiros e cinco tripulantes. Ditrikh disse que os corpos de 41 pessoas mortas no acidente foram recuperados. Trinta e três passageiros e quatro tripulantes sobreviveram, afirmou. Seis dos sobreviventes estão em estado grave e recebendo tratamento. O avião, construído no extremo leste da Rússia em agosto de 2017, havia passado por uma manutenção em abril. Há muito tempo a Aeroflot superou seu histórico de segurança pós-soviético problemático, e hoje tem uma das frotas mais modernas do mundo em rotas internacionais, nas quais conta principalmente com aeronaves da Boeing e da Airbus. Mas a Aeroflot também tem ao menos 50 Superjets que usa em rotas nacionais e internacionais. O Superjet, que entrou em serviço em 2011, apresentou problemas esporádicos de segurança e confiabilidade, inclusive uma suspensão de voos causada pela descoberta de um defeito na cauda de um avião em dezembro de 2016.
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