O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou no início do mês que planejava realizar esses exercícios, em resposta às declarações de dirigentes de potências ocidentais sobre a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia.
Por Redação, com CartaCapital – de Moscou
A Rússia anunciou nesta terça-feira o início de exercícios com armas nucleares táticas perto da Ucrânia, garantindo que se trata de uma resposta às “ameaças” das potências ocidentais.
“A primeira fase dos exercícios sobre a preparação e o uso de armas nucleares não estratégicas começou”, indicou o Ministério da Defesa em um comunicado.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou no início do mês que planejava realizar esses exercícios, em resposta às declarações de dirigentes de potências ocidentais sobre a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia.
Essas manobras, que ocorrem no distrito militar sul, fronteiriço com a Ucrânia, têm como objetivo verificar a “disponibilidade” de “armas nucleares não estratégicas, para garantir a integridade territorial e a soberania do Estado russo”, indicou o Ministério da Defesa em um comunicado.
Acrescentou que eram uma “resposta às declarações provocativas e ameaças de certos funcionários ocidentais”.
“Munição especial”
Segundo o Ministério, durante essa fase, os soldados russos praticam o carregamento de “munição especial” em baterias de mísseis Iskander, assim como seu envio “de forma oculta” às regiões de disparo.
A Força Aérea e os mísseis hipersônicos Kinjal também participam dos exercícios, de acordo com a mesma fonte.
Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin colocou várias vezes sobre a mesa a possibilidade de recorrer às armas nucleares.