Medvedev, um dos principais conselheiros do presidente Vladimir Putin, usou o Telegram para postar uma mensagem dizendo ser "fato indiscutível" que Kiev "é uma cidade russa" e que ela "vai ser restituída" ao seu "país-natal".
Por Redação, com ANSA e Reuters - de Moscou/Kiev
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira que a Rússia não pretende mudar o governo da Ucrânia com a guerra. A afirmação oficial vem um dia depois do polêmico vice-presidente do Conselho de Segurança, Dimitri Medvedev, dizer o contrário.
– A Rússia está tentando atingir seus objetivos na operação militar especial, e essas metas podem ser atingidas de várias formas – disse aos jornalistas em sua tradicional coletiva.
Então, um repórter perguntou se derrubar o atual governo era um dos objetivos e Peskov respondeu com um seco "não".
Kiev "é uma cidade russa"
No domingo, Medvedev, um dos principais conselheiros do presidente Vladimir Putin, usou o Telegram para postar uma mensagem dizendo ser "fato indiscutível" que Kiev "é uma cidade russa" e que ela "vai ser restituída" ao seu "país-natal".
Além disso, os próprios ucranianos acreditam que a queda do presidente Volodymyr Zelensky era o primeiro objetivo do conflito iniciado em fevereiro.
No entanto, por conta de diversas derrotas no campo de batalha, a guerra agora se concentra nas áreas separatistas do Donbass e ao sul do território.
Moradores de cidade ucraniana de Kherson
Centenas de residentes de Kherson se reuniram no domingo para comprar mantimentos no primeiro supermercado da cidade ucraniana a abrir desde que a cidade foi retomada pelas forças pró-Kiev no início deste mês.
Durante os quase nove meses de ocupação, o governo instalado pela Rússia trouxe produtos de origem russa e introduziu o rublo como moeda.
– Por princípio, eu não carregava nenhum rublo e nunca comprava produtos russos – disse Nataliia Tsvihun, de 49 anos, na fila do lado de fora da loja ATB. "Eu quero comprar algo saboroso."
Kherson continua sem eletricidade, água encanada ou aquecimento, mas os moradores encontraram algum alívio ao poder comprar pepinos em conserva ucranianos, bolinhos de massa, raiz-forte e outros produtos.
Artem Moiseienko, 27, ficou aliviado ao ver a Coca-Cola sem açúcar de volta às prateleiras, que ele disse ter estado indisponível durante a ocupação.
– Isso é o que eu mais senti falta – disse ele.