Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Rússia diz que não há base para negociações de paz com Ucrânia

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Quarta, 20 de Dezembro de 2023 às 10:58, por: CdB

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, assinou um decreto em outubro de 2022 declarando formalmente "impossível" a perspectiva de qualquer conversa com Putin depois que a Rússia alegou ter anexado quatro regiões do Sul e do Leste da Ucrânia.


Por Redação, com Reuters - de Moscou


O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que não há base atual para negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia e que o plano de paz proposto por Kiev é absurdo, pois exclui a Rússia.




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Para porta-voz, plano proposto por Kiev exclui a Rússia

– Nós realmente consideramos que o tópico das negociações não é relevante no momento – disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à imprensa.


Para Peskov, o Reino Unido eliminou as chances de um acordo de paz em 2022 ao pressionar Kiev a recusar um esboço de acordo, logo após a Rússia enviar tropas para a Ucrânia.


– Depois disso, não houve pré-requisitos para negociações, e havia ainda menos pré-requisitos depois que a Ucrânia de fato proibiu legalmente qualquer negociação com o lado russo – afirmou o porta-voz.


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, assinou um decreto em outubro de 2022 declarando formalmente "impossível" a perspectiva de qualquer conversa com Putin depois que a Rússia alegou ter anexado quatro regiões do Sul e do Leste da Ucrânia.



O plano de Zelenskiy


Peskov disse que o plano de Zelenskiy, conhecido como "fórmula de paz", era falho porque buscava encontrar a paz sem a participação da Rússia.


– Para dizer o mínimo, esse é um processo absurdo – declarou.


O plano de paz de 10 pontos de Zelenskiy exige a retirada das tropas russas, o fim das hostilidades e a restauração das fronteiras da Ucrânia com a Rússia.



General ucraniano lista as vantagens das Forças Armadas da Rússia


As tropas russas recebem treinamento decente em suas bases na retaguarda antes de serem enviadas para a linha de frente, disse o general ucraniano da reserva Sergei Krivonos no último dia 17. O militar reforçou ainda que as forças russas estão gradualmente expandindo suas capacidades e possuem moral elevada.


O general, que anteriormente ocupava o cargo de vice-secretário do Conselho de Segurança, fez as observações ao falar ao Canal Cinco ucraniano. Anteriormente, a mídia era propriedade do ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko, foi retirado do ar em abril de 2022 e agora é transmitido apenas online.


Atualmente, a capacidade de Moscou para treinar adequadamente as suas tropas parece superar a de Kiev, disse Krivonos.


– Eles (os russos) na retaguarda, mesmo no território da Rússia, organizaram ativamente o treinamento e a formação de novas unidades, que passam por um bom treinamento, treinamento de alta qualidade, o que lhes dá oportunidades – afirmou o general aposentado.


"Eles têm algo para lapidar. Com um treino devidamente organizado, o uso adequado das armas que constroem, conseguem certos sucessos", acrescentou.


Krivonos foi um participante ativo nas fases iniciais do conflito no que era então o Donbass ucraniano, que eclodiu na sequência do golpe de Maidan em Kiev, em 2014. Diz-se que o general reformado liderou pessoalmente tropas na linha de frente, inclusive no aeroporto de Donetsk, que testemunhou intensos combates entre as forças ucranianas e as de Donbass.


Os esforços de Krivonos durante a chamada "operação antiterrorista" de Kiev em Donbass foram elogiados por Poroshenko, que acabou por elevar o general ao Conselho de Segurança.


O general, porém, foi demitido do Conselho de Segurança no final de 2020 pelo presidente Vladimir Zelensky por supostamente não trabalhar em equipe. O comandante optou por abandonar o Exército, supostamente sob pressão, e tornou-se um crítico ferrenho de Zelensky e da sua abordagem para lidar com o conflito com a Rússia.



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