Seis longos anos de luta popular, contra todas as probabilidades do realismo político, tinham passado até que finalmente ocorrera a queda da ditadura de Fulgêncio Batista no 1º de janeiro de 1959.
Por Redação, com Prensa Latina – de Caracas, Hanói e Havana
As celebrações populares se espalharam por toda a ilha. Em todas as ruas, multidões de pessoas se reuniam para assistir ao desfile daqueles jovens que durante anos enfrentaram a ditadura. Tudo parecia um carnaval.
Seis longos anos de luta popular, contra todas as probabilidades do realismo político, tinham passado até que finalmente ocorrera a queda da ditadura de Fulgêncio Batista no 1º de janeiro de 1959. Os acontecimentos naquela pequena ilha do Caribe, até então praticamente desconhecidos pelo resto do mundo, logo se tornaram um verdadeiro terremoto social, cultural e político em todo o mundo.
A Revolução Cubana rapidamente se tornou um dos eventos mais importantes da América Latina e do Caribe. Toda a história da segunda parte do século XX no continente esteve profundamente marcada pela influência da revolução naquele pequeno país que fez com que “pela primeira vez o socialismo falasse espanhol”.
História
Sessenta e seis anos após o triunfo da Revolução – completados nesta quarta-feira – Cuba enfrenta desafios enormes e complexos. Sitiada pelo sufocante e ilegal bloqueio dos EUA, o país está passando por momentos difíceis de crise e anos de profundas transformações sociais e econômicas. Enquanto a Revolução enfrenta um dos desafios mais complexos de sua história: não se converter numa memória do passado, mantendo-se contemporânea da sua própria época.
Diante das dificuldades, Cuba reúne hoje aliados que se mostram importantes apoios à revolução comunista. Nesta manhã, o embaixador cubano em Hanói, Rogelio Polanco, expressou a sua enorme admiração por aqueles que aqui mantiveram vivos os laços de amizade entre Cuba e o Vietnã, que são, disse ele, “uma parte cativante da história da nossa Revolução”.
Polanco fez a declaração no ato comemorativo ao triunfo da Revolução Cubana, realizado na sede da Embaixada da nação antilhana e no qual também agradeceu a todos aqueles que preservam os valores dos líderes fundadores deste relacionamento especial: Presidente Ho Chi Minh e Comandante-em-Chefe Fidel Castro.
Cienfuegos
Em Caracas, também nesta manhã, a República Bolivariana da Venezuela felicitou o que chamou de heroico povo de Cuba pelo triunfo da Revolução Cubana de 1959. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chamou este processo de “um farol de dignidade, resistência e justiça social que continua a guiar os povos do mundo na sua luta pela emancipação”.
A nota recordava com admiração “aquele glorioso 1º de janeiro de 1959, quando um grupo de valentes, liderados pelo Comandante Fidel Castro Ruz e pelo General do Exército Raul Castro Ruz, junto com figuras como Che Guevara e Camilo Cienfuegos, marcou o início de uma história histórica”. projeto que abriu as portas a um futuro de soberania e autodeterminação para a Pátria de (José) Martí”.
Destacou que neste ano de 2025, caracterizado por complexidades geopolíticas e pelo ressurgimento de correntes hegemónicas que procuram subjugar nações soberanas, “a Revolução Cubana permanece como um forte guia moral e ético”. A declaração terminou saudando o 66º aniversário da Revolução Cubana e a digna resistência do povo cubano.
“Até a vitória, sempre!”