Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

PT e PSB avançam na formação de bloco para receber Alckmin

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Sexta, 04 de Fevereiro de 2022 às 12:39, por: CdB

O apoio do PT a um candidato do PSB em Pernambuco é moeda forte para reduzir a resistência dos socialistas em apoiar o petista Fernando Haddad ao governo de São Paulo. O PSB ainda insiste numa candidatura do ex-governador Márcio França no maior colégio eleitoral do Brasil.

Por Redação, com BdF - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reuniram-se na capital paulista, na véspera, e consolidaram o bloco de apoio à candidatura petista. Ainda que o apoio dos socialistas a Lula na eleição presidencial de 2 de outubro esteja praticamente consolidado, restam ainda algumas arestas regionais para afinar as estratégias das legendas.
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O governador pernambucano Paulo Câmara, do PSB; Lula e o senador Humberto Costa (PT-PE) conversam sobre as eleições
O apoio do PT a um candidato do PSB em Pernambuco é moeda forte para reduzir a resistência dos socialistas em apoiar o petista Fernando Haddad ao governo de São Paulo. O PSB ainda insiste numa candidatura do ex-governador Márcio França no maior colégio eleitoral do Brasil. Mas o PT, após o encontro da noite passada, avançou algumas casas no tabuleiro. A reunião com Lula fortaleceu o nome do deputado federal Danilo Cabral para a sucessão na Câmara. Desse modo, conforme já havia apurado a reportagem do Correio do Brasil, o PT dá um passo atrás na candidatura do senador Humberto Costa ao governo estadual, embora o PSB não tenha recuado – ainda – do nome de França em São Paulo. Costa está mais bem posicionado do que Cabral nas pesquisas locais. Mas nada que a popularidade do ex-presidente e do atual governador não possam resolver, inclusive quanto à presença do ex-governador paulista Geraldo Alckmin na chapa petista, assim que se filiar ao PSB.

Federação

Quando ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, nome natural do PSB em Pernambuco, anunciou que não entraria na disputa, a legenda ficou sem um nome forte eleitoralmente. Ou seja, o passe de Humberto Costa valorizou-se. Ao aceitar abrir mão da candidatura ao governo de Pernambuco para apoiar o nome do PSB, o PT faz um movimento importante. Tanto na direção do nome de Haddad quanto na construção da chamada federação partidária. Lula vê o nome de Haddad com grandes possibilidades de vencer em São Paulo. E, além disso, com força para impulsionar a eleição de uma bancada maior de deputados federais, tanto para o PT quanto para uma eventual federação que venha se formar unindo legendas do campo progressista. A federação partidária é uma espécie de coligação, mas que não pode valer só para o processo eleitoral. Exige afinidade de programas e, além disso, a manutenção do “casamento” pelos quatro anos de uma legislatura.

Palanque

Ou seja, se PT, PCdoB, PV e PSB superarem os atuais entraves para formação de uma federação, terão de seguir unidos até o final de 2026. Caso contrário, um parlamentar que contrarie decisões conjuntas da federação pode perder o mandato. Mas o estatuto da federação ainda está pendente de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, o avanço entre PT e PSB em Pernambuco fortalece uma candidatura petista ao Senado, que pode ser o deputado Carlos Veras ou a deputada Marília Arraes. E se soma – na ampliação de uma aliança nacional – ao passo dado com a movimentação anunciada no Maranhão. O vice-governador Carlos Brandão, eleito na chapa do atual governador Flávio Dino (eleito pelo PCdoB e hoje no PSB) anunciou na segunda-feira a mudança de partido. Sai do PSDB, vai ao PSB e disputa o governo com o apoio de Dino. Com isso, Lula ganha mais um palanque no Estado. Isso porque o PDT rompeu com a base aliada de Dino e ratificou a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT). Mas mantém o apoio a Lula.
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