O acordo entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e Al-Sharaa foi feito pelo enviado dos Estados Unidos para a Síria, Tom Barrack.
Por Redação, com ANSA – de Damasco
O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, anunciou neste sábado um cessar-fogo “imediato” com Israel na região de Sueida, no sul do país.
A trégua nos confrontos entre tribos locais e combatentes drusos, que já provocaram a morte de 940 civis, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), contou com a mediação dos Estados Unidos.
Hoje, as forças de segurança sírias começaram a se mobilizar na província, depois de confrontos intercomunitários ocorridos após a chegada de grupos sunitas para apoiar as tribos beduínas contra os drusos, originária do Islã xiita.
Em um comunicado, a presidência síria instou todas as partes a respeitarem integralmente o cessar-fogo e a colocarem fim à violência. O acordo entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e Al-Sharaa foi feito pelo enviado dos Estados Unidos para a Síria, Tom Barrack.
Israel
Israel, que anteriormente se opunha à presença de forças do governo sírio na região, afirmou que o discurso do presidente sírio “expressou apoio aos atacantes jihadistas”, ao afirmar que as tribos beduínas eram um símbolo de valores e princípios nobres, culpando assim as vítimas – a minoria drusa atacada.
– Em conclusão: na Síria de al-Sharaa, é muito perigoso pertencer a uma minoria: curda, drusa, alauíta ou cristã. Isso tem sido demonstrado repetidamente nos últimos seis meses – escreveu o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, no X, poucas horas após o anúncio do acordo.
Desde o último dia 13 de julho, confrontos na cidade de Sueida, reduto da minoria drusa, e em seus arredores fizeram centenas de mortos na região.