Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Presidente da Elea propõe alternativa tropical para IA

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Quarta, 25 de Junho de 2025 às 10:47, por: CdB

O executivo ressaltou as vantagens únicas do país: abundância de energia renovável, estabilidade institucional e território com capacidade para projetos de larga escala.

Por Redação, com ANSA – do Rio de Janeiro

Uma solução tropical e carioca para os desafios da Inteligência Artificial (IA). Essa é a proposta apresentada por Alessandro Lombardi, presidente da Elea Data Centers, durante o Energy Summit Global, realizado no Rio de Janeiro.

Presidente da Elea propõe alternativa tropical para IA | Lombardi participou de uma palestra no painel “Data Centers and the New Digital Economy”
Lombardi participou de uma palestra no painel “Data Centers and the New Digital Economy”

Em sua palestra no painel Data Centers and the New Digital Economy, com Igor Marchesini, assessor do Ministério da Fazenda; Roberto Rossi, presidente da Schneider Electric Brasil; e Thomaz Gomes, fundador da Casa 3163; Lombardi abordou sobre os caminhos para repensar um futuro sustentável, posicionando o Brasil como protagonista global na nova economia digital.

– Estamos trazendo uma solução tropical e carioca para os dilemas da Inteligência Artificial – afirmou Lombardi, que lidera uma rede brasileira com nove data centers em operação.

O executivo ressaltou as vantagens únicas do país: abundância de energia renovável, estabilidade institucional e território com capacidade para projetos de larga escala.

Atualmente, mais de 93% da matriz elétrica brasileira é composta por fontes renováveis, com destaque para a hidrelétrica (57%), seguida por eólica (12%), solar (11%) e biomassa (8%), segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME). Essa característica torna o Brasil um dos poucos países aptos a liderar uma revolução digital com base em energia limpa – uma vantagem decisiva na corrida global pela sustentabilidade na era da IA.

Lombardi mencionou estimativas que apontam às quatro maiores big techs dos Estados Unidos (Google, Amazon, Microsoft e Meta), bem como um aumento exponencial no uso de energia para operações no campo da Inteligência Artificial, tornando a discussão sobre sustentabilidade e oportunidade um potencial do mercado brasileiro como polo de fornecimento de recursos ainda mais evidente neste momento.

– O Brasil é o único país que tem matriz verde de energia para abastecer a nova tecnologia do século”, salientou.

No entanto, segundo Marchesini, o Brasil ainda importa 60% do processamento de dados que consome. “Em 2024, tínhamos 79 projetos de leis tentando regulamentar a Inteligência Artificial no Brasil. Uma regulação bem feita pode fomentar o mercado – declarou.

Data centers

Juntos, eles discutiram também gargalos logísticos e tributários que ainda tornam o Brasil um dos destinos mais caros para instalação de data centers. Lombardi destacou que cidades como o Rio de Janeiro já despontam com projetos de classe mundial, aproveitando a infraestrutura existente em polos como Angra dos Reis e Barra da Tijuca, onde cabos submarinos de alta capacidade se conectam à Europa e outras regiões.

O Brasil, “gigante pela sua própria natureza”, tem uma matriz energética verde que atrai a atenção das grandes empresas globais de tecnologia.

Ainda segundo o presidente da Elea Data Centers, o país precisa mostrar que é possível desenvolver Inteligência Artificial sustentável e criar uma regulação amigável e alinhada internacionalmente, já que a IA depende da interoperabilidade entre nações.

A parceria estratégica com os EUA e outros países é essencial para avançar, deixando de lado disputas políticas. O futuro é promissor: a solução tropical e carioca para os dilemas da inteligência artificial pode se tornar um modelo sustentável para o mundo.

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