O militar aposta que um dos principais desafios da estatal será a definição do mercado de refino do país após a venda de ativos da Petrobras, que quer se desfazer de 8 de suas 11 refinarias.
Por Redação - de São Paulo
Diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o almirante Rodolfo Saboia acredita que permanecerão inalteradas as regras da companhia na formação de preços dos combustíveis, ainda que pese a discordância de setores do governo com as decisões da Petrobras.
O militar aposta que um dos principais desafios da estatal será a definição do mercado de refino do país após a venda de ativos da Petrobras, que quer se desfazer de 8 de suas 11 refinarias. Esse processo, defende, trará competição ao setor e benefícios ao consumidor, o que poderá reduzir o preço final dos combustíveis.
— Mas é importante a compreensão de que o preço do petróleo vai continuar oscilando — ressaltou, em entrevista ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta terça-feira.
Variáveis
De acordo com Saboia, “o brasileiro está acostumado com uma prática que vigorou durante muitos anos, dos preços dos combustíveis serem administrados pelo governo”.
— Somente a partir de 2002 os preços passaram a ser livres, oscilando de acordo com o mercado como os demais preços. E o preço do petróleo oscila muito e, além de tudo, temos o componente do câmbio, outra variável que afeta muito os combustíveis. Mas isso é o custo do produto. O preço final tem outras variáveis, como impostos e margens e, se o governo achar que determinada classe ou categoria deve pagar menos, isso é objeto de política pública, que escapa da atribuição da agência — concluiu.