Rio de Janeiro, 26 de Junho de 2025

Polícia do Rio mira quadrilha que vende remédios falsos para emagrecimento

Arquivado em:
Quarta, 27 de Novembro de 2024 às 14:27, por: CdB

A ação tem como objetivo cumprir 12 mandados de busca e apreensão na capital do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos, contra uma organização criminosa que vendia medicamentos ilegais para emagrecimento.

Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro

Agentes da 19ª DP (Tijuca), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) e do Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) deflagram, nesta quarta-feira, a “Operação Seca Máximo”.

medicamento.jpeg
Polícia deflagra operação contra grupo que vendia medicamentos ilegais para emagrecimento

A ação tem como objetivo cumprir 12 mandados de busca e apreensão na capital do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos, contra uma organização criminosa que vendia medicamentos ilegais para emagrecimento.

Até o momento, três pessoas foram presas em flagrante. Os agentes também apreenderam medicamentos, que não têm registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nem apresentam indicações de laboratório, lote, validade, bula ou qualquer traço de legitimidade. O material arrecado foi enviado à perícia.

Segundo as investigações, uma das mulheres, principal alvo da operação, se associou a outras cinco pessoas e estabeleceu uma rede de vendas ilegais, por meio de redes sociais, de um produto nomeado como “Seca Máximo ”. Os anúncios afirmavam que se tratava de produto 100% natural, fitoterápico, com o qual seria possível um emagrecimento “milagroso”, perdendo até 10 quilos em menos de duas semanas.

As investigações começaram após uma vítima informar ter adquirido o produto e, logo após o uso, passou a ter fortes efeitos colaterais, como tonturas, vômitos, tremores, sudorese e outros sintomas. Ela entregou a mercadoria na delegacia, que foi encaminhada para exame de perícia. O laudo demonstrou que as substâncias contidas no produto seriam Sibutramina (inibidor de apetite que atua no sistema nervoso central) e Bisacodil (laxante).

A líder do grupo ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, demonstrava comportamento agressivo e chegava até a debochar de clientes. Outros integrantes da quadrilha foram identificados. Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, venda de produto farmacêutico corrompido, associação criminosa, exposição a perigo da vida e crimes contra o consumidor.

Braço direito de liderança do tráfico de drogas

Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma operação nos morros do São Carlos e da Mineira, Região Central do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, e prenderam uma mulher que integra o Terceiro Comando Puro (TCP). A ação foi em apoio ao Ministério Público de Minas Gerais. A criminosa foi localizada no Morro do São Carlos. Contra ela foi cumprido um mandado de prisão. Um homem também foi preso em flagrante.

As investigações foram conduzidas ao longo de dois anos e evidenciaram o papel estratégico desempenhado pela mulher dentro da organização criminosa. Os agentes constataram que ela é peça-chave na estrutura de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio da facção e braço direito de um dos líderes do TCP que atua em Minas Gerais. Segundo os agentes, o traficante comandava ações ilícitas a partir do bairro Cabana do Pai Tomás, em Belo Horizonte, e tinha influência direta no Morro da Mineira, no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, a acusada mantinha comunicação com lideranças do TCP no Rio de Janeiro, traficantes situados em regiões de fronteira e integrantes da organização que estão atualmente presos. Ela utilizava seu conhecimento sobre o sistema bancário e habilidade para realizar transações financeiras clandestinas, garantindo que os recursos obtidos com o tráfico de drogas fossem desviados para dificultar a identificação pelas autoridades.

Além disso, a mulher operava movimentações financeiras diversas, como pagamentos de cartões de crédito em nome de terceiros, depósitos e transferências para contas de possíveis fornecedores de drogas, e o custeio de obras em propriedades vinculadas ao líder criminoso.

Casal de idosos na Ilha do Governador

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) concluiu, na terça-feira, o inquérito que investigou o latrocínio de Selma Muniz Santos, de 76 anos, e de Antonio Sidinei Rocha Santos, de 68 anos. O autor, preso no dia 29 de outubro, foi indiciado por homicídio qualificado e furto qualificado.

O crime aconteceu no dia 27 de outubro deste ano. As vítimas foram encontradas mortas na própria residência, na região de Portuguesa, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital e as investigações começaram.

Os agentes analisaram imagens de câmeras de segurança e verificaram que o autor, de 36 anos, entrou na residência de Selma e de Antonio e saiu cerca de 30 minutos depois. Os policiais levantaram informações, realizaram um trabalho de inteligência e coletaram depoimentos.

A companheira do autor foi ouvida e reconheceu o homem nas imagens registradas, as roupas usadas por ele e outras características. Uma sobrinha da vítima também reconheceu o acusado. Segundo as investigações, ele costumava prestar serviços para o casal.

Os policiais realizaram diligências, localizaram e prenderam o homem, no dia 29 de outubro, dois dias depois do latrocínio, em uma casa na Ilha do Governador. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária. O autor foi levado para DHC, prestou depoimento e confessou o crime.

Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo