As investigações começaram a partir de indícios de fraudes identificados em licitações realizadas entre 2015 e 2018.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A Policia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram nesta terça-feira Operação Catarata contra um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII. A instituição oferece serviços como tratamento oftalmológico à população de baixa renda.
Esquema na Fundação Leão XIII movimentou R$ 66 milhões
Os agentes cumpriram sete mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão no Estado contra acusados por fraudes licitatórias contra a administração pública, falsidade ideológica, associação criminosa e crimes conexos. Cinco pessoas foram presas, entre elas, o casal Flávio Salomão Chadud e Marcelle Braga Chadud.
As investigações começaram a partir de indícios de fraudes identificados em licitações realizadas entre 2015 e 2018. O esquema, segundo apurações preliminares da Controladoria Geral do Estado do Rio, envolvia as empresas Servilog, Tercebrás, Grupo Galeno e Riomix 10.
Segundo agentes da Polícia Civil, as concorrências eram direcionadas para que a Servilog vencesse as disputas, enquanto as outras empresas participavam apenas para garantir uma aparente competitividade ao processo.
Pregões eletrônicos
Nos pregões eletrônicos que ocorreram nesse período foram realizadas quatro contratações para a aquisição de 560 mil armações de óculos, 560 mil consultas oftalmológicas e 560 mil exames de glicemia. A estimativa é que o esquema de fraude tenha movimentado aproximadamente R$ 66 milhões.
As empresas vão responder administrativamente e podem ser punidas com base na Lei Anticorrupção, que prevê multa de até 20% do faturamento, considerando o teto de cobrança de R$ 60 milhões, e podem ficar impedidas de participar de outros contratos com órgãos da administração pública.