O processo, a ser encaminhado ao Plenário do STF nesta segunda-feira, é a última instância antes da prisão. Por ser réu primário, o parlamentar poderá pedir uma redução na sentença e o cumprimento da pena em regime especial.
Por Redação - de Brasília
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado federal Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força (SD-SP), a 10 anos e dois meses de prisão por crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra o Sistema Financeiro Nacional, na noite desta sexta-feira. Paulinho da Força foi acusado de ligação em um esquema de desvios de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O processo, a ser encaminhado ao Plenário do STF nesta segunda-feira, é a última instância antes da prisão. Por ser réu primário, o parlamentar poderá pedir uma redução na sentença e o cumprimento da pena em regime especial. O mandato, no entanto, será cassado tão logo a sentença seja confirmada no Plenário da Corte Suprema.
Entendimento
O parlamentar, que integra chamado ‘Centrão’ – bloco político que tem sido usado pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) na tentativa de barrar um possível processo de impeachment – foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), em 2012. Ele foi condenado por atuar em beneficio de empresários por meio do BNDES. Paulinho da Força também responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Em nota, a defesa do parlamentar disse que respeita a decisão proferida pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal que condenou o parlamentar, todavia, por discordar do entendimento e, “em face dos dois votos favoráveis à absolvição, proferidos pelo Relator e Revisor do processo, irá recorrer da decisão ao Pleno do STF.”