Segunda, 21 de Dezembro de 2020 às 11:46, por: CdB
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano passou a 4,39% de 4,35% no levantamento anterior, na 19ª semana seguida de aumento. Para 2021, a conta subiu em 0,03 ponto percentual, a 3,37%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de contração em 2020 melhorou a 4,40%.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
Analistas econômicos deram sequência aos aumentos nas expectativas para a inflação na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. Ao mesmo tempo, eles reduziram as projeções para a taxa de câmbio em 2020 e 2021.
A moeda brasileira tende a se desvalorizar ainda mais com a alta nos índices de inflação
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano passou a 4,39% de 4,35% no levantamento anterior, na 19ª semana seguida de aumento. Para 2021, a conta subiu em 0,03 ponto percentual, a 3,37%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de contração em 2020 melhorou a 4,40%, contra queda de 4,41% prevista antes. Para 2021, a previsão de crescimento diminuiu em 0,04 ponto, a 3,46%.
Consumidores
Para a taxa de câmbio, o mercado vê agora o dólar a 5,15 reais ao final deste ano, de 5,20 reais antes. Para 2021, a expectativa é de que a moeda norte-americana termine a 5 reais, de 5,03 reais antes.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve terminar o ano que vem a 3%, sem alterações. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, ajustou seu cenário para a Selic no ano que vem a 3%, de 3,13% na mediana das estimativas antes.
Os consumidores brasileiros acreditam que a inflação ficará acumulada em 5,2% nos próximos 12 meses. A expectativa da inflação dos consumidores foi medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em uma pesquisa de opinião em dezembro deste ano.
Expectativas
A taxa da pesquisa realizada neste mês é 0,4 ponto percentual acima da observada em novembro (que havia ficado em 4,8%). Esse é o maior aumento mensal desde dezembro de 2015 (0,9 ponto percentual).
“A mediana da expectativa de inflação dos consumidores para os próximos doze meses em patamar acima de 5% acende o sinal de alerta à autoridade monetária. Apesar das projeções de mercado sugerirem inflação dentro da meta para o ano que vem, os consumidores estão preocupados com algumas pressões nos preços observadas nos últimos meses, projetando para 2021 um cenário pior do que esperavam para 2020, ainda que a atividade econômica se mantenha fraca no primeiro semestre”, disse a economista da FGV Renata de Mello Franco.
A meta para a inflação oficial acumulada em 2021, definida pelo Banco Central, é de 3,75%, com a variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos (ou seja, de 2,25% a 5,25%).