Na última sexta-feira, Bolsonaro afirmou ter encontrado em uma comunidade na periferia do Distrito Federal meninas de 14 ou 15 anos, "bonitas", "arrumadinhas", com as quais teria 'pintado um clima'. Segundo o chefe do governo federal, as jovens venezuelanas faziam programa sexual. Bolsonaro não teria tomado nenhuma atitude em relação ao fato.
Por Redação - de Brasília
A pedido da deputada federal Maria do Rosário (PT- RS) e do deputado Distrital Fábio Félix (PSOL-DF), ao lado de movimentos de defesa dos direitos da criança e do adolescente, o Ministério Público Federal (MPF) será levado a avaliar sobre a abertura de um inquérito sobre a possível prevaricação de Jair Bolsonaro (PL) no caso da frase "pintou um clima".
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Na última sexta-feira, Bolsonaro afirmou ter encontrado em uma comunidade na periferia do Distrito Federal meninas de 14 ou 15 anos, "bonitas", "arrumadinhas", com as quais teria 'pintado um clima'. Segundo o chefe do governo federal, as jovens venezuelanas faziam programa sexual. Bolsonaro não teria tomado nenhuma atitude em relação ao fato.
A ação, além de pedir ao MPF que apure se Bolsonaro cometeu crime de prevaricação, pede ainda que o órgão averigue se a segurança e o bem-estar das menores venezuelanas, no caso citado por Bolsonaro, estão garantidos.
Paquera
Ao afirmar que “pintou um clima”, durante encontro que teve com crianças e adolescentes venezuelanas, Bolsonaro confessa, segundo a psicóloga e psicanalista Natália Rodrigues, uma conotação muito grave, porque pode ser visto como “um discurso de autorização”.
— É como se ele desse uma permissão simbólica para que homens praticassem abusos com adolescentes. Os relatos que ouvimos dessas meninas são de extrema violência — afirmou Rodrigues.
Bolsonaro, porém, nega ter usado o termo “pintado um clima” em um contexto sexual ou de paquera.