O entendimento entre os dois partidos também encontra barreiras em Estados como Paraná e Goiás, onde Podemos e PSC podem se enfrentar com candidaturas majoritárias. Antes do PSC, a sigla do ex-juiz suspeito e incompetente Sérgio Moro já havia procurado partidos com maior capilaridade nacional, como União Brasil, MDB e PSDB, mas as conversas por alianças não avançaram.
Por Redação - de São Paulo
Uma das poucas opções que ainda restam para se coligar à chapa do ex-juiz suspeito e incompetente Sergio Moro (Podemos), o PSC, sob a direção do pastor Everaldo Pereira, está prestes a ruir. A negociação mantida pela presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), encontra obstáculos por toda parte.
Pastor Everaldo, possível aliado de Moro, é acusado de liderar um esquema milionário de corrupção, no Estado do Rio
Moro já manifestou sua insatisfação, publicamente, com a possibilidade de se aliar ao pastor Everaldo, que já foi alvo da Lava-Jato, e do outro lado, integrantes do PSC têm avisado que vão fazer campanha para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas disputas estaduais, o cenário também é negativo para Moro, uma vez que não dispõe de nenhum palanque garantido nas regiões Norte, Nordeste e agora até em São Paulo, com a renúncia do deputado Arthur do Val à candidatura ao governo paulista.
O entendimento entre os dois partidos também encontra barreiras em Estados como Paraná e Goiás, onde Podemos e PSC podem se enfrentar com candidaturas majoritárias. Antes do PSC, a sigla de Moro já havia procurado partidos com maior capilaridade nacional, como União Brasil, MDB e PSDB, mas as conversas por alianças não avançaram. O Podemos sondou ainda o Cidadania, que decidiu encaminhar uma federação com os tucanos.
Personagens
Com ligações antigas à Assembleia de Deus de Madureira, o pastor Everaldo está afastado do comando do PSC desde agosto de 2020, depois de ser preso preventivamente pela Polícia Federal, numa investigação sobre desvios na área da saúde no governo Wilson Witzel (PSC) no Rio. Ele foi solto um ano depois, mediante uso de tornozeleira eletrônica, e mantém atuação discreta desde então. O presidente em exercício da sigla, o ex-deputado Marcondes Gadelha, é seu aliado mais fiel.
Ao ser perguntado por um jornal paranaense se teria incômodo em fazer campanha com políticos que já foram citados na Lava-Jato, entre eles Everaldo, Moro respondeu não ter “nenhuma aliança concretizada com esses personagens”. Ele também disse que o partido “tem que tomar cuidado com quem faz aliança”.