Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

ONU aprova moção sobre intolerância religiosa após queima de Alcorão

Arquivado em:
Quarta, 12 de Julho de 2023 às 14:30, por: CdB

A medida foi fortemente contestada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que dizem que isso conflita com suas visões sobre direitos humanos e liberdade de expressão.


Por Redação, com Reuters - de Genebra


O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira uma resolução contestada sobre a intolerância religiosa, após a queima de um Alcorão na Suécia, provocando preocupação nos Estados ocidentais que dizem que isso desafia práticas de longa data na proteção de direitos.




fogo.jpg
Órgão da ONU aprova moção sobre intolerância religiosa após queima de Alcorão

A resolução, apresentada pelo Paquistão em nome da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC), que conta com 57 países, pede que o chefe de direitos humanos da ONU publique um relatório sobre a intolerância religiosa e que os Estados revisem suas leis e preencham lacunas que possam "impedir a prevenção e repressão de atos e a defesa da intolerância religiosa".


A medida foi fortemente contestada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que dizem que isso conflita com suas visões sobre direitos humanos e liberdade de expressão. Embora condenem a queima do Alcorão, eles argumentaram que a OIC foi projetada para salvaguardar os símbolos religiosos e não os direitos humanos.



Imigrante iraquiano na Suécia


Um imigrante iraquiano na Suécia queimou o Alcorão do lado de fora de uma mesquita em Estocolmo no mês passado, provocando indignação em todo o mundo muçulmano e demandas de Estados muçulmanos por ação.


O resultado da votação marca uma grande derrota para os países ocidentais em um momento em que a OIC tem influência sem precedentes no conselho, o único órgão formado por governos para proteger os direitos humanos em todo o mundo.


Vinte e oito países votaram a favor, 12 votaram contra e sete países se abstiveram. Representantes de alguns países aplaudiram após a aprovação da resolução.


Marc Limon, diretor do Universal Rights Group, com sede em Genebra, disse que o resultado mostra que "o Ocidente está em plena retirada no Conselho de Direitos Humanos".


"Eles estão cada vez mais perdendo apoio e perdendo a discussão", disse.



Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo