Rio de Janeiro, 21 de Junho de 2025

ONU alerta para risco de infecções por falta de água em Gaza

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Terça, 17 de Outubro de 2023 às 10:50, por: CdB

Após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, que deixou mais de 2,4 mil mortos em 7 de outubro, Israel anunciou o corte no fornecimento de água, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza.


Por Redação, com Lusa - de Gaza


A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou na segunda-feira para o risco iminente de mortes por infecções em Gaza pelo fato de Israel só ter permitido o abastecimento de uma quantidade mínima de água desde o início da guerra com o Hamas.




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Desde o início do conflito, Israel só libera quantidade mínima de água

Ao atualizar informações sobre a situação na Faixa de Gaza, a ONU disse que Israel autorizou, até agora, o abastecimento de menos de 4% da água consumida pela população antes do início da guerra com o movimento islamita.


O risco de mortes por infecções "é iminente se a água e o combustível não forem imediatamente autorizados a entrar no enclave palestino", afirmou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês).


Após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, que deixou mais de 2,4 mil mortos em 7 de outubro, Israel anunciou o corte no fornecimento de água, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza.


Israel também tem bombardeado a região, em ataques que causaram mais de 2,8 mil mortos, segundo as autoridades palestinas.


O Hamas, considerado organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, controla a Faixa de Gaza desde 2007.


Israel mantém o território de 2,3 milhões de habitantes cercado desde o ataque do Hamas e pediu a cerca de metade da população local para se deslocar para o sul na antecipação de uma ofensiva terrestre.



Abastecimento de água


A retomada do abastecimento de água foi feita especificamente na zona leste da cidade de Khan Younis, no sul, onde os palestinos continuam a chegar depois da ordem de retirada da população do norte.


"Dado o colapso de praticamente todos os serviços de água e saneamento em Gaza, a população corre o risco de morrer de doenças infecciosas", disse a ONU.


De acordo com organizações humanitárias, o combustível que os hospitais utilizam para o funcionamento dos geradores, que produzem quantidade mínima de eletricidade necessária para continuarem a funcionar, deverá se esgotar nas próximas horas.


"Gaza está sob apagão total pelo sexto dia consecutivo", informou a ONU na atualização divulgada na cidade suíça de Genebra, citada pela agência espanhola de notícias EFE.


"Os hospitais estão à beira do colapso porque as reservas que utilizam para os geradores se esgotaram quase completamente, pondo em risco a vida de milhares de pacientes".



Faixa de Gaza


O Ocha confirma que é mantido o bloqueio à Faixa de Gaza e que o posto fronteiriço de Rafah continua fechado, apesar da expectativa de que iria ser aberto nessa segunda-feira.


Rafah liga Gaza à península egípcia do Sinai e é a única fronteira do território palestinino não controlada por Israel.


O fechamento de Rafah impede a entrada de alimentos, água e medicamentos que as Nações Unidas colocaram no Egito e que estão prontos para serem distribuídos em Gaza.


Os Estados Unidos têm negociado com as partes relevantes no conflito a abertura de Rafah para permitir a saída de estrangeiros retidos em Gaza e a entrada da ajuda humanitária.




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