Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2025

Ônibus do Rio passam por padronização com novas cores e informações

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Quarta, 17 de Setembro de 2025 às 11:53, por: CdB

Novo decreto da prefeitura altera regras de padronização dos ônibus no sistema de transporte público do Rio, exigindo mais informações visuais e identificações obrigatórias para passageiros.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A frota de ônibus do Rio de Janeiro vai ganhar uma nova padronização visual após a publicação do Decreto nº 56.778, assinado pelo prefeito Eduardo Paes. A medida altera o Decreto nº 12.713, de março de 1994, estabelecendo regras mais detalhadas para a comunicação visual e a identificação obrigatória nos veículos do Sistema de Transporte Público de Passageiros por Ônibus do município.

Ônibus do Rio passam por padronização com novas cores e informações | Novas regras de padronização chegam aos ônibus do Rio
Novas regras de padronização chegam aos ônibus do Rio

Segundo o texto, todos os ônibus deverão estar equipados com caixas de destino que indiquem claramente informações aos passageiros. O decreto determina, por exemplo, a instalação obrigatória de uma caixa de destino frontal principal, com letras iluminadas e altura mínima de 28 centímetros, posicionada no para-brisa, além de outras opções auxiliares nas laterais e na traseira.

As novas exigências incluem também caixas internas de identificação, com até quatro indicadores distribuídos dentro do coletivo, garantindo ao passageiro acesso contínuo às informações sobre a linha. O objetivo é facilitar a identificação visual, especialmente em situações de pouca iluminação ou em horários noturnos, evitando confusão entre itinerários.

Além da clareza nas informações, o decreto determina que os letreiros sejam iluminados por fluorescentes ou equivalentes, com tecnologia que assegure alta visibilidade mesmo em movimento. Essa padronização se aplica a todos os ônibus que integram o sistema, sem exceção.

A prefeitura ressalta que a medida é parte de um esforço maior para modernizar e organizar o transporte público na cidade, atendendo demandas históricas de passageiros que enfrentam dificuldades na identificação de linhas e destinos. A regulamentação vem acompanhada de prazos rígidos para adaptação das empresas concessionárias, que terão de garantir conformidade sob pena de sanções.

Com isso, os ônibus do Rio entram em uma nova fase de padronização, em que a informação clara e acessível aos passageiros passa a ser prioridade, reforçando o compromisso do município com a qualidade do serviço de transporte público.

Como foi a volta para casa após greve dos ônibus no Rio

A nova paralisação de motoristas de ônibus e funcionários das viações Vila Isabel e Real só terminou por volta das 14h de terça-feira, afetando a rotina dos cariocas.

A greve afetou a circulação de mais de 25 linhas em direção à região central, Zona Norte e Zona Sul do Rio.

“O trânsito hoje de manhã no Rio de Janeiro foi sacanagem”, escreveu uma internauta em seu perfil no X (antigo Twitter). “Ônibus no Rio de Janeiro é o caos”, disse outro morador.

“Levei 1h50 de Inhaúma para o terminal Gentileza. Cheguei lá e pasmem: greve de todos os ônibus que pego”, afirmou uma moradora em sua rede social. “Pensando em como vou pra casa se os ônibus do meu bairro fizeram paralisação”, postou outra.

“Picaretagem”, critica Paes

Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio, usou um de seus perfis nas redes sociais para gravar um vídeo com críticas na manhã desta terça-feira.

Segundo ele, a prefeitura do Rio cumpre um acordo judicial desde 2022, que resultou no pagamento de R$ 2,8 bilhões às empresas.

Disse ainda que houve reajuste neste ano de 37% no valor por quilômetro rodado, que saiu de R$ 2,55 para R$ 4,08, segundo Paes. “Claro que esse aumento vem acompanhado de uma gestão mais rigorosa e exigente do serviço prestado”, disse no vídeo, citando a intensificação das fiscalizações.

– Isso é mais uma picaretagem das empresas de ônibus. A vida delas está ficando mais complicada, mas não é por falta de pagamento. É porque acabou a farra delas.

Como categoria negociou fim de paralisação

José Carlos Sacramento, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, disse que negociou o término da paralisação entre as empresas e os funcionários. Segundo ele, os valores referente às férias e ao ticket alimentação já estão nas contas dos profissionais. Já o FGTS, será pago em duas parcelas.

– Os funcionários estavam  irredutíveis e só voltam ao trabalho após todos os funcionários, inclusive os administrativos, receberem o pagamento de salários, férias, fundo de garantia, ticket alimentação. Vamos tentar um acordo para evitar que a população seja prejudicada – disse.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, disse que a situação no transporte coletivo é caótica para a categoria. Segundo ele, 30% das empresas do setor estão em recuperação judicial, o que deixa os trabalhadores apreensivos. “Péssimas condições de trabalho, e essa incerteza até com relação às suas remunerações. Por isso que ultimamente temos paralisações quase todas as semanas, e o risco disso continuar é muito grande, porque a gente não vê uma saída a curto prazo”, justifica.

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