Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Multinacional norte-americana vende marca Mabel, com prejuízo milionário

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Quinta, 25 de Agosto de 2022 às 12:00, por: CdB

O prejuízo de quase R$ 550 milhões foi revelado após a Camil ter divulgado, nesta manhã, que pagou um total de R$ 152,8 milhões pelas empresas que controlam a Mabel. Dez anos atrás, quando a Pepsico entrou no negócio, o valor foi bem diferente: cerca de R$ 700 milhões. Ou seja: a Pepsico recuperou pouco mais do que 20% do total desembolsado.

Por Redação - de São Paulo
A gigante multinacional norte-americana Pepsico concluiu, nesta quinta-feira, a venda da fabricante de biscoitos Mabel após uma década com a empresa em seu portfólio. Não foi um bom negócio para a companhia norte-americana, uma vez que as perdas com a operação foram de mais de R$ 500 milhões – e isso sem contar a inflação do período.
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CEO da Mabel, Quartiero confirma a venda dos ativos por um preço aquém do que foi pago na aquisição
— A ordem da Pepsico era sair rápido do negócio, por isso o preço foi tão baixo — disse uma fonte próxima à operação ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo. O prejuízo de quase R$ 550 milhões foi revelado após a Camil ter divulgado, nesta manhã, que pagou um total de R$ 152,8 milhões pelas empresas que controlam a Mabel. Dez anos atrás, quando a Pepsico entrou no negócio, o valor foi bem diferente: cerca de R$ 700 milhões. Ou seja: a Pepsico recuperou pouco mais do que 20% do total desembolsado.

Biscoitos

A Mabel foi fundada por uma família de imigrantes italianos nos anos 1950 e, antes da venda para a Pepsico, em 2012, teve o fundo Icatu entre seus sócios. Um fato relevante divulgado pela Camil nesta quinta-feira também mostrou que a Mabel operava bem aquém de sua capacidade, com 40% das máquinas de fabricação de biscoitos paradas a maior parte do tempo. Hoje, a capacidade de produção da Mabel é de 110 mil toneladas por ano, mas só 66 milhões de toneladas estão saindo das linhas das fábricas da companhia. Conforme informou a Camil nesta quinta-feira, a receita líquida dos ativos atualmente é de R$ 421 milhões. Portanto, conforme informou o presidente da companhia, Luciano Quartiero, há espaço para dobrar o faturamento das sociedades, uma vez que já existe capacidade instalada para produzir o dobro do que foi produzido no último ano.
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