Rio de Janeiro, 27 de Julho de 2025

Enquanto EUA e Brasil brigam, a Argentina compra em quantidade

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Sábado, 26 de Julho de 2025 às 11:43, por: CdB

Mesmo produtos tradicionais para os vizinhos, como a carne bovina, têm apresentado crescimento superior a US$ 1 milhão no primeiro semestre do ano passado para atuais US$ 22,9 milhões, calcula o Mdic.

11h23 – de Brasília

Em meio à pior disputa comercial entre os EUA e o Brasil, em 200 anos, com a imposição de tarifas escorchantes aos produtos nacionais, a vizinha Argentina aumentou em 55,4% a compra de produtos brasileiros neste primeiro semestre, totalizando US$ 9,1 bilhões. De janeiro a junho, os brasileiros venderam aos argentinos, principalmente, veículos de passageiros (21,6%), autopeças e acessórios (9,7%) e veículos para transporte de mercadorias (6,4%).

Enquanto EUA e Brasil brigam, a Argentina compra em quantidade | O presidente da Argentina, Javier Milei
O presidente da Argentina, Javier Milei

Mesmo produtos tradicionais para os vizinhos, como a carne bovina, têm apresentado crescimento superior a US$ 1 milhão no primeiro semestre do ano passado para atuais US$ 22,9 milhões, calcula o Mdic. Parte dos dados foram compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

 

‘Insólito’

No caso da carne, em volume, a participação do produto brasileiro no mercado vizinho ainda é pequena e não ameaça a produção local. A carne bovina fresca, refrigerada ou congelada equivale a 0,25% de toda a cesta de exportações.

Parte das compras argentinas foi fechada por frigoríficos estrangeiros que operam no país. Essa carne sempre foi importada por eles, mas era usada principalmente na composição de produtos processados, como hambúrgueres, a exemplo do que ocorre nos EUA. Em 2025, um percentual da importação passou a ser destinado também a cortes, de acordo com representantes do setor na Argentina.

— É algo insólito, no país da carne e do churrasco, agora estamos importando esse tipo de alimento do nosso vizinho Brasil. É mais barato importar do que produzir aqui — resumiu o apresentador Gustavo Chapur, do canal argentino de TV Crónica.

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