O militar integrava um grupo de ódio, no WhatsApp, que pregava o golpe de Estado. Os investigadores chegaram ao tenente-coronel após a apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
11h29 - de Brasília
A segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi comprometida. O alerta partiu da Polícia Federal (PF) ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que exonerou prontamente o tenente-coronel André Luis Cruz Correia, um dos guarda-costas presidenciais que realizou ao menos seis viagens, nacionais e internacionais, ao lado de Lula desde março deste ano.

O militar integrava um grupo de ódio, no WhatsApp, que pregava o golpe de Estado, segundo apurou o jornalista Lauro Jardim, do diário conservador carioca O Globo. Os investigadores chegaram ao tenente-coronel após a apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Ameaças
Os dados denunciaram a conexão do oficial do Exército com a organização criminosa formada para plantar uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, às vésperas do Natal, e culminar em um golpe de Estado, no dia 8 de Janeiro. Trata-se de um integrante da equipe de segurança de Lula que acompanhava a promoção de uma tomada violenta do poder; além das ameaças direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No exercício de suas funções como parte da equipe de segurança presidencial de Lula, André Luis Cruz Correia embarcou em viagens oficiais, ao lado do presidente. Entre as missões cumpridas estava a estadia em Bruxelas, Bélgica, que ocorreu de 15 a 20 de julho; uma visita a Leticia, Colômbia, em 8 de julho; e uma passagem por Puerto Iguazu, Argentina, de 3 a 4 de julho. Em termos de deslocamentos dentro do território nacional, o tenente-coronel esteve presente em Ilhéus, Bahia, entre 2 e 3 de julho e em São Paulo, nos dias 22 e 23 de junho.