O acordo de cessar-fogo entre o Hamas e as forças israelense põe fim a 15 meses de conflito, que matou mais de 40 mil palestinos.
Por Redação, com ANSA – de Gaza
Milhares de pessoas na Faixa de Gaza celebram nesta quarta-feira o acordo de cessar-fogo entre o grupo fundamentalista Hamas e Israel anunciado há pouco pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo relatos do Sky News, as primeiras imagens locais mostram a população nas ruas em êxtase, aplaudindo e tocando buzinas.
– Com este acordo em vigor, minha equipe de segurança nacional, através dos esforços do enviado especial no Oriente Médio, Steve Witkoff, continuará a trabalhar em estreita colaboração com Israel e nossos aliados para garantir que Gaza nunca mais se torne um porto seguro para os terroristas – afirmou o republicano em sua rede social Truth.
A cinco dias da posse, Trump promete continuar promovendo “a paz através da força em toda a região”.
“Este é apenas o começo de grandes coisas que estão por vir para a América e também para o mundo”, concluiu o próximo chefe de Estado dos EUA.
O acordo de cessar-fogo entre o Hamas e as forças israelense põe fim a 15 meses de conflito, que matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número é corrigido para mais de 70 mil de acordo com estudo independente britânico.
Prisioneiros palestinos
Ainda não há informações oficiais, mas o acordo manteria essencialmente a estrutura da proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em maio passado, com uma implementação em três etapas, começando pela libertação de pouco mais de 30 reféns israelenses e de cerca de mil prisioneiros palestinos.
Ao todo, 94 reféns ainda têm paradeiro desconhecido, mas Israel acredita que ao menos 34 já morreram. Já a segunda fase do acordo envolveria a libertação dos sequestrados remanescentes e a devolução dos corpos de reféns mortos.
No entanto permanecem incertezas sobre a presença militar israelense em Gaza, sobretudo no corredor Filadélfia, entre o enclave e o Egito, e sobre a reconstrução do território.