“Reciprocidade e diálogo são princípios que devem nortear a relação entre países. O Brasil é, e vai continuar sendo, dos brasileiros”, afirmou Lula em uma postagem feita nesta quinta-feira nas redes sociais.
Por Redação, com Reuters – de São Paulo
A elevação das tarifas norte-americanas para importação do aço e do alumínio brasileiros gerou forte reação junto ao meio empresarial. Em meio às discussões sobre como responder à medida, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se disse favorável a uma abordagem baseada na “reciprocidade” e no “diálogo”.
“Reciprocidade e diálogo são princípios que devem nortear a relação entre países. O Brasil é, e vai continuar sendo, dos brasileiros”, afirmou Lula em uma postagem feita nesta quinta-feira nas redes sociais.
A indústria siderúrgica brasileira tem se mobilizado para buscar uma solução diante da imposição das novas tarifas, que entraram em vigor na véspera. O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, afirmou que o setor solicitou ao governo brasileiro que intensifique as negociações com a administração do presidente norte-americano, Donald Trump.
Reunião
O objetivo é restabelecer o sistema de cotas que vigorava desde 2018 e que permitia a isenção de impostos sobre importações dentro de determinados limites.
— Queremos restabelecer esse sistema que estava em vigor desde 2018 e que caiu com a decisão do presidente Donald Trump de sobretaxar o aço — declarou Lopes, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros representantes da equipe econômica do governo.

Mercado
A principal preocupação do setor é o desvio de comércio, fenômeno que ocorre quando produtos antes destinados a um mercado buscam outros países devido a barreiras comerciais. Segundo Lopes, a indústria aguarda os desdobramentos das tratativas entre os governos brasileiro e norte-americano. Ele destacou que a reunião com Haddad foi positiva e que o ministro tem demonstrado sensibilidade às demandas da indústria siderúrgica.
As novas tarifas impostas pelos EUA, de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, afetam diretamente o Brasil, que exporta mais de 50% de sua produção para o mercado norte-americano.
O Instituto Aço Brasil afirmou que o sistema de cotas anterior “atendeu não somente ao interesse do Brasil em preservar o acesso a seu principal mercado externo do aço, mas também ao da indústria de aço dos Estados Unidos”.