A AGU não mencionou diretamente os nomes dos responsáveis, mas é esperado que Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conhecido como filho ’03’, já indiciados pela Polícia Federal (PF), sejam os principais alvos.
Por Redação – de Brasília
O governo brasileiro, ao contratar um escritório de advocacia nos Estados Unidos para lidar com sanções internacionais, busca rever para a União algo perto de US$ 3,5 milhões (aproximadamente R$ 18,9 milhões), ao longo de quatro anos. A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que tomará medidas para reaver esses valores, inicialmente pagos pelos cofres públicos.
A ação visa reembolsar os custos com a defesa jurídica do Brasil diante de uma articulação do clã Bolsonaro para promover sanções econômicas e jurídicas dos Estados Unidos contra o país.
A cobrança deverá ser direcionada a aqueles que, eventualmente, forem responsabilizados no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos danos causados à economia nacional. A AGU não mencionou diretamente os nomes dos responsáveis, mas é esperado que Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conhecido como filho ’03’, já indiciados pela Polícia Federal (PF), sejam os principais alvos. Ambos devem ser denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em breve.
Bolso
Ao conhecer o teor da ação, Eduardo Bolsonaro manifestou-se nas redes sociais, criticando a AGU e atacando diretamente o advogado-geral da União, Jorge Messias. A resposta de Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, respondeu prontamente nas redes sociais.
“Sentiu, meu caro? Prepare o bolso. A AGU vai cobrar da família Bolsonaro os US$ 3,5 milhões gastos com escritório nos EUA. É o custo-Eduardo, que já passa de R$ 40 bilhões, numa campanha sistemática de ataque ao Brasil com sanções de revogação de vistos, aplicação da Lei Magnitsky e imposição de tarifas”, resumiu.