Lula está na Índia, para a cúpula do G20, e assumiu a Presidência rotativa do grupo em cerimônia simbólica. Em entrevista nesta manhã, madrugada no Brasil, o presidente foi questionado sobre a eventual presença de Putin na cúpula de 2024.
Por Redação - de Nova Délhi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, a jornalistas, que na volta ao país buscará entender melhor o tratado assinado com o Tribunal Penal Internacional (TPI), depois de perceber que havia dito algo improvável, na véspera, ao garantir a liberdade do homólogo russo, Vladimir Putin, caso ele pousasse em Brasília. A promessa foi feita para a cúpula do G20 do ano que vem.

— Se eu for presidente do Brasil, e se ele (Putin) vier para o Brasil, não tem como ele ser preso. Ninguém vai desrespeitar o Brasil — disse o presidente, na manhã de domingo.
Dessa vez, o presidente concordou que a decisão sobre uma eventual prisão será tomada pela Justiça.
Na véspera
Lula está na Índia, para a cúpula do G20, e assumiu a Presidência rotativa do grupo em cerimônia simbólica. Em entrevista nesta manhã, madrugada no Brasil, o presidente foi questionado sobre a eventual presença de Putin na cúpula de 2024, a ser realizada no Rio de Janeiro, uma vez que o líder russo é alvo de mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), do qual o Brasil é membro.
— Se o Putin decidir ir ao Brasil, quem toma a decisão de prendê-lo ou não é a Justiça, não o governo nem o Congresso Nacional. Mas eu quero saber por que o Brasil é signatário de um tratado que os Estados Unidos não respeitam — afirmou.
Questionado se tem planos de excluir o Brasil do TPI, Lula preferiu afirmar que ele não sabia.
— Mas vou estudar melhor esse assunto. Quero saber por que entramos. A Índia não entrou, nem a China, nem a Rússia, nem os EUA — concluiu o presidente Lula.