Rio de Janeiro, 26 de Junho de 2025

Lula diz que Bolsonaro passa 24 horas por dia ligado em ‘fake news’

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Sexta, 22 de Novembro de 2019 às 15:08, por: CdB

Em sua nova entrevista ao diário britânico The Guardian, um dos maiores do Reino Unido, ex-presidente acusa Bolsonaro de não governar o país e passar "24 horas discutindo fake news”.

Por Redação - de São Paulo
  Na entrevista de Luiz Inácio Lula da Silva publicada pelo jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira, o ex-presidente disse que seu partido está se preparando para voltar ao poder. Ao ser questionado sobre uma possível candidatura, Lula contemporizou:
lula-guardian.jpgThe Guardian
Lula tem sido entrevistado pelos maiores jornais do mundo, entre eles o britânico
— Em 2022 eu estarei com 77 anos. A Igreja Católica, com seus 2.000 anos de experiência, aposenta seus bispos aos 75 — sublinhou.

Conquistas

O ex-presidente disse que sua principal missão no atual contexto é "lutar pela democracia", e não poupou críticas ao governo Bolsonaro: — Temos um presidente que não governa, que senta e fica discutindo fake news 24 horas por dia — comentou. O ex-presidente, que deixou a superintendência da Polícia Federal no dia 9 de novembro, após decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional a prisão em segunda instância, expressou ceticismo em relação ao futuro da administração Bolsonaro: — O Bolsonaro já deixou bem claro o que ele quer pro Brasil: ele quer destruir todas as conquistas democráticas e sociais das últimas décadas (…) vamos torcer para que ele faça algo de bom para o país... mas eu duvido — lamentou.

Política externa

O ex-presidente criticou a condução da política externa, que está sob comando do chanceler Ernesto Araújo. Desde a posse de Bolsonaro, o Itamaraty modificou a posição do Brasil em áreas nas quais o país era considerado pioneiro, como o meio ambiente. — A submissão ao Trump e aos EUA... é realmente uma vergonha [...] a imagem do país está negativa agora — disse. Lula demonstrou otimismo em relação à eleição do peronista Alberto Fernández na Argentina e à administração López Obrador no México, mas manifestou frustração com o recente golpe de Estado na Bolívia: — O meu amigo Evo cometeu um erro ao tentar um quarto mandato, mas o que fizeram com ele foi um crime. Foi um golpe – e isso é terrível para a América Latina — concluiu.
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