Hoffmann chegou a ser cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, porém Lula optou por escalar a aliada para um posto mais estratégico na articulação política do governo. Aliados haviam aconselhado o presidente a escolher um nome mais alinhado à direita.
Por Redação – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se, nesta sexta-feira, com a deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI). “Gleisi vai substituir o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, que foi recém indicado para o Ministério da Saúde. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março”, diz a nota expedida pelo Palácio do Planalto, nesta manhã.

Hoffmann chegou a ser cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, porém Lula optou por escalar a aliada para um posto mais estratégico na articulação política do governo. Aliados haviam aconselhado o presidente a escolher um nome mais alinhado à direita, de preferência originário do chamado ‘Centrão’, para as negociações com o Congresso, mas o chefe do Executivo pensava de maneira diversa.
Perfil
Presidente do PT desde 2017, Gleisi Hoffmann dirigiu o partido em um dos momentos mais delicados dos seus 45 anos de história, durante o avanço da ‘Operação Lava Jato’; o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff; a vitória de Jair Bolsonaro (PL) e os 580 dias de prisão de Lula.
Deputada pelo Paraná, Hoffmann teve papel importante na campanha de 2022, porém o presidente optou por deixá-la no comando do PT. Nos últimos dois anos, a parlamentar foi ouvida com frequência por Lula antes de decisões importantes.
O presidente costurou a nomeação de Gleisi como ministra junto com a sucessão do PT, que neste ano escolhe um novo comando. Com Gleisi, Lula coloca no governo um nome com posições mais a esquerda e crítico da agenda do mercado financeiro.