Ainda nesta quinta-feira, a pesquisa da Modalmais/Futura colocou Lula na liderança absoluta do processo eleitoral, com 34,7% das intenções de voto, contra 32,1% de Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o levantamento, Sérgio Moro (sem partido) apareceu na terceira posição.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira, que o mandatário neofascista Jair Bolsonaro (sem partido) se comportou como um "genocida" ao conduzir o gerenciamento da pandemia do coronavírus.
Lula lidera as pesquisas eleitorais para o ano que vem, à frente do atual mandatário
— Embora a CPI não tenha colocado a palavra por terem alegado implicações jurídicas, nós sabemos que o Bolsonaro se comportou como um verdadeiro genocida. Pra ele sacos pretos carregando corpos não significavam nada. Essa é a verdade — disse Lula em entrevista à rádio de ultradireita Jovem Pan.
Lula lembra que Bolsonaro "passou o tempo inteiro debochando, desacreditando, avacalhando, dizendo para as pessoas não usar máscaras, dizendo que elas poderiam fazer aglomeração”.
— Ele não teve dó, em piedade de nenhuma das pessoas que morreram. Ele nunca foi fazer uma visita em hospital. Ser humano para ele não vale nada, o que vale é os milicianos dele, o que ele acredita — acrescentou.
O petista alertou que, na pandemia, Bolsonaro ficou "receitando remédio que não serve para nada”.
— Montou uma quadrilha de comprar vacinas — pontuou.
O líder popular também criticou a indicação do general Eduardo Pazuello para comandar o Ministério da Saúde.
— Indicou ministro da Saúde que não entende de saúde. Ele (Eduardo Pazuello) não sabia o que estava falando, mentiu o tempo inteiro. A Saúde está totalmente rifada — criticou. Pazuello comandou a Saúde de maio de 2020 a março de 2021.
Liderança
Ainda nesta quinta-feira, a pesquisa da Modalmais/Futura colocou Lula na liderança absoluta do processo eleitoral, com 34,7% das intenções de voto, contra 32,1% de Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o levantamento, Sérgio Moro (sem partido) apareceu na terceira posição, com 11,2%, seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes, do PDT (9,7%).
Em quarto lugar ficou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2,6%, e, em quinto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com 0,5%. Quando o nome de João Doria foi substituído pelo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com quem o governador de São Paulo disputa as prévias tucanas, a vantagem de Lula aumentou e o petista atingiu 39,5% dos votos.
Bolsonaro conseguiu 32,2%, seguido por Moro (9,7%) e por Ciro (8%). Leite ficou atrás com 2% e Pacheco, com 0,5%. Sem Lula na disputa, Bolsonaro conseguiu 33,5%, seguido por Ciro (17,9%) e por Moro (12,1%). Com Bolsonaro fora da disputa, Lula atingiu 39,9% contra 15,3% de Moro e 11,2% de Ciro.
Na simulação de segundo turno, o ex-presidente Lula conseguiu 49,2%, contra 37,4% de Bolsonaro. Foram entrevistados 2 mil leitores, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Alfinetada
Não foi apenas Lula que criticou Jair Bolsonaro, na emissora paulista. Depois de o presidente mandar uma indireta para a cantora Anitta, ao criticar as medidas de isolamento social contra a covid-19, levou uma invertida. Bolsonaro, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, alfinetou a artista.
— “Tô em casa aqui fazendo um churrasco, porque os artistas… atores e atrizes conhecidíssimas estão ‘olha, eu estou aqui aprendendo francês’ — declarou Bolsonaro, fazendo referência ao fato da cantora estar aprendendo um novo idioma.
Anitta, no entanto, não deixou o comentário passar despercebido e usou seu perfil no Twitter para responder o presidente.
— O presidente sabendo mais da minha vida do que da crise ambiental/financeira/ etc, do país que ele devia tá cuidando… bom eu tô aqui estudando tudo que posso aprimorar meu trabalho e me fazer crescer. E você? Tá fazendo o que além de caçar treta na internet? — questionou a artista.