Lira sugeriu a Lula um "apoio conjunto", uma vez que o presidente afirmou que não faria campanha por nenhum nome. Lula lembrou que, quando o Palácio do Planalto colocou as suas digitais na disputa interna, amargou derrotas, como as vitórias de Severino Cavalcanti, em 2005, e Eduardo Cunha, em 2015.
Por Redação - de Brasília
As negociações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os líderes do chamado ‘Centrão’ afastaram, nesta terça-feira, o risco de um adversário assumir a Presidência da Câmara, nos dois anos finais de seu terceiro mandato. O presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), garantiu ao chefe do Executivo que não apoiará um sucessor capaz de atrapalhar a agenda do governo no Legislativo, conforme apurou a rede norte-americana de TV CNN.

Lira sugeriu a Lula um "apoio conjunto", uma vez que o presidente afirmou que não faria campanha por nenhum nome. Lula lembrou que, quando o Palácio do Planalto colocou as suas digitais na disputa interna, amargou derrotas, como as vitórias de Severino Cavalcanti, em 2005, e Eduardo Cunha, em 2015.
Lira, por sua vez, sugeriu uma abordagem de apoio dos dois lados, indicando que não respaldará um nome que possa obstruir a agenda do governo. A escolha, no entanto, ainda não foi feita.
Aliados
Há, até agora, quatro nomes que podem ser a escolha de Lira: Elmar Nascimento (PSD-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Enquanto isso, o PL de Jair Bolsonaro cogita lançar Altineu Cortes (RJ) ou Sóstenes Cavalcante (RJ).
Na mesma conversa, Lula teria questionado Lira sobre seus planos após deixar o comando da Câmara. Relatos de deputados aliados indicam que Lira ainda não definiu seu destino político até a eleição de 2026. Até lá, especula-se que o Palácio do Planalto possa convidá-lo para assumir um cargo na ligado à administração federal. Não se sabe, porém, se Lira aceitaria.