Rio de Janeiro, 26 de Junho de 2025

Líder nas pesquisas quer que petistas calcem a ‘sandália da humildade’

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Segunda, 21 de Fevereiro de 2022 às 12:36, por: CdB

Segundo o petista, Bolsonaro tem conseguido manter a fidelidade de uma fatia da população, mesmo nos piores momentos do mandato, o que sugere a existência de um núcleo que dificilmente fugirá em direção a outros candidatos, apesar de os números apresentados por todas as aferições realizadas junto aos eleitores apontarem para uma possível vitória petista.

Por Redação - de São Paulo
Líder disparado nas pesquisas de opinião para a corrida presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer evitar o clima do ‘já ganhou’ e determina que os quadros de seu partido e das legendas que o apoiam a calçar a ‘sandália da humildade’. Lula lembra aos aliados que uma eleição difícil os aguarda, em outubro deste ano.
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Lula se preocupa com o clima de 'já ganhou' na campanha eleitoral que se aproxima
O petista tem dito ser preciso tratar como certa uma recuperação de Jair Bolsonaro nos próximos meses, nas pesquisas eleitorais. Líderes partidários que participaram de reuniões diferentes receberam a mesma orientação. Segundo o petista, Bolsonaro tem conseguido manter a fidelidade de uma fatia da população, mesmo nos piores momentos do mandato, o que sugere a existência de um núcleo que dificilmente fugirá em direção a outros candidatos, apesar de os números apresentados por todas as aferições realizadas junto aos eleitores apontarem para uma possível vitória petista, ainda no primeiro turno.

Polarizada

Nesta segunda-feira, a Confederação Nacional do Transporte divulgou sua nova rodada de pesquisa sobre a sucessão presidencial, que mostra uma eleição totalmente polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Na projeção de votos estimulados, em que os nomes aparecem nas cédulas, Lula tem 42,2% contra 28% de Bolsonaro. Em seguida, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6,7%, Sergio Moro (Podemos), com 6,4%. Na rodada anterior da pesquisa, Moro tinha 8,9% e Ciro 4,9%, em uma alternância dramática para o ex-juiz incompetente e suspeito. João Doria (PSDB), com 1,8%, André Janones (Avante), com 1,5%, Simone Tebet (MDB), com 0,6% e Felipe D'Ávila (Novo), com 0,3%. Somados, os adversários de Lula têm 45,3%, contra 42,2% – o que não permite apontar vitória em primeiro turno fora da margem de erro. A distância entre Lula e Bolsonaro é de 14,2 pontos percentuais. Na rodada anterior da pesquisa, realizada em dezembro de 2021, a distância era de 17,2 pontos percentuais. O levantamento foi realizado entre 16 e 19 de fevereiro e ouviu 2002 pessoas presencialmente. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-09751/2022. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Visão econômica

Ainda na pesquisa, o pessimismo em relação à situação econômica do Brasil fica evidentes, sob o comando de Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao longo de 2022. Neste que pode ser o último ano da atual gestão, somente 16,8% acreditam que a economia melhorará. Há quem tenha uma visão ainda mais pessimista: 15,1% acredita que 'não haverá melhoria econômica'. A possível troca de comando no país, com a provável eleição do ex-presidente Lula (PT), parece trazer um fôlego. 36,7% dos entrevistados disseram que a economia melhorará no cenário pós-eleição, a partir de 2023. 23,7% afirmam que a situação econômica brasileira vai melhorar em 2024.

Estados-chave

O PT de Lula tem tentado formar um apoio consistente nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, como forma de lhe permitir maior governabilidade em seu futuro possível mandato. Em São Paulo e no Rio, o quadro está praticamente definido a seu favor, mas em Minas Gerais, o atual governador, Romeu Zema (Novo), é o favorito absoluto para vencer a corrida eleitoral neste ano, segundo pesquisa telefônica encomendada pelo diário conservador mineiro Estado de Minas, com chances de vencer já no primeiro turno. O levantamento, divulgado na véspera, mostra Zema com 46,8% das intenções de voto, seguido por Alexandre Kalil (PSD) - prefeito de Belo Horizonte - com 17,4% e André Janones (Avante), com 7,3%. O levantamento, realizado entre 14 e 17 de fevereiro ouviu 1.560 pessoas por telefone. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
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