O estudante palestino de 34 anos, que cresceu em um campo de refugiados na Cisjordânia e tem autorização de residência permanente nos EUA.
Por Redação, com Europa Press – de Washington
A justiça norte-americana ordenou a libertação do estudante palestino Mohsen Mahdaoui, que foi preso em meados de abril no contexto dos protestos que eclodiram na Universidade de Columbia contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

O juiz do distrito de Vermont, Geoffrey Crawford, determinou que Mahdaoui fosse libertado depois de ter sido detido sem acusação e depois que seus advogados entraram com uma petição de habeas corpus, questionando a legalidade da detenção.
Crawford determinou que o ativista, que foi detido por agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE) durante sua entrevista para obtenção da cidadania americana na cidade de Colchester, não representa perigo para a sociedade.
– Mahdawi fez alegações substanciais de que sua detenção foi uma retaliação por sua liberdade de expressão – disse o juiz, concedendo ao ativista o direito de viajar para Nova York para se reunir com seus advogados e frequentar a faculdade, segundo a ABC News.
O estudante palestino de 34 anos, que cresceu em um campo de refugiados na Cisjordânia e tem autorização de residência permanente nos EUA, estava detido no St Albans Correctional Facility, no Condado de Franklin, desde sua prisão em 14 de abril.
Governo Trump
O governo Trump está se baseando na Lei de Imigração e Nacionalidade de 1952, que permite ao Secretário de Estado Marco Rubio deportar não cidadãos se eles ameaçarem os interesses nacionais, inclusive quando a pessoa tem um green card, que permite que ela resida e trabalhe legalmente no país.
A União Americana pelas Liberdades Civis acusou essas prisões de terem a intenção de “intimidar” os manifestantes pró-palestinos. “O governo está reivindicando sua autoridade para deportar pessoas com laços profundos com os Estados Unidos e revogar seus green cards por defenderem pontos de vista contrários aos seus”, disse.
A Universidade de Columbia, juntamente com outras universidades, foi palco de protestos em massa pró-palestinos após a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que deixou 52,4 mil mortos e mais de 118 mil feridos, desencadeada após os ataques de 7 de outubro de 2023.