Segunda, 21 de Fevereiro de 2022 às 12:28, por: CdB
Durante o período, os deputados avaliam principalmente qual partido lhes dará as melhores condições regionais para conseguir a reeleição em outubro. Neste ano, um fator que jogará peso nessa avaliação será a definição mais clara sobre quais siglas vão de fato se unir em federações.
Por Redação - de Brasília
A partir do dia 3 de março até 1º de abril, o mundo político será movimentado pela chamada janela do troca-troca partidário na Câmara dos Deputados. Será um teste de força dos presidenciáveis da chamada terceira via, que ainda patinam nas pesquisas eleitorais, com baixos índices de intenção de voto.
As federações partidárias tendem a reunir legendas que tenham um mínimo de afinidade ideológica
Durante o período, os deputados avaliam principalmente qual partido lhes dará as melhores condições regionais para conseguir a reeleição em outubro. Neste ano, um fator que jogará peso nessa avaliação será a definição mais clara sobre quais siglas vão de fato se unir em federações.
O Partido dos Trabalhadores deverá permanecer com sua bancada praticamente intacta com um possível aumento no número de parlamentares, saindo dos atuais 53 deputados para 54, com a volta do deputado Josias Gomes (hoje secretário de desenvolvimento Rural da Bahia).
Terceira Via
Já o PL de Valdemar Costa Neto, ao qual está filiado o presidente Jair Bolsonaro, deverá ser a sigla com maior crescimento, saindo dos atuais 43 para cerca de 60. Com isso, poderá ter a maior bancada da Câmara a partir de abril. Já o União Brasil, uma federação formada entre o PSL e o DEM, embora tenha atualmente uma das maiores bancadas no Parlamento, deverá desidratar consideravelmente a partir de abril, com defecções previstas para o PL.
Enquanto isso, na chamada Terceira Via, a disputa maior é para não se desintegrar de vez. Até o momento, porém, nenhum dos partidos dessa área desponta como um pólo de atração para novos filiados entre os deputados federais. A previsão é que os partidos ditos alternativos à candidaturas de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a começar do PSDB de João Doria, tendem a perder um número ainda não calculado de parlamentares.
Embora a base de apoio parlamentar do atual presidente permaneça majoritária, nas duas Casas do Parlamento, a liderança de Lula nas pesquisas de opinião tem levado um número ainda incerto de parlamentares a reavaliar suas posições.