Rio de Janeiro, 18 de Junho de 2025

Integrantes do ‘Orçamento secreto’ tentam ampliar poder no Parlamento

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Quarta, 07 de Julho de 2021 às 13:32, por: CdB

O 'orçamento secreto' “é uma tática montada pelo governo Bolsonaro em 2020 para beneficiar deputados federais e senadores com a indicação da destinação de dinheiro das emendas de relator-geral (também chamadas RP9) em troca de apoio no Congresso.

Por Redação - de Brasília

Diante do escândalo do ‘Orçamento secreto’, o governo do presidente Jair Bolsonaro age para ter o controle da Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Congresso. “O colegiado, responsável por definir as regras e o montante das verbas federais para o próximo ano, período de eleições municipais, deve ser instalado nesta quarta-feira, em meio a uma disputa no Senado para o comando da comissão.

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Parte dos congressistas está envolvida no 'orçamento secreto' criado pelo governo Bolsonaro

“Um dos nomes cotados para o cargo é o líder do governo no Legislativo, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Ele disputa a indicação com a senadora Rose de Freitas (MDB-ES)”, publica o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), autor das denúncias.

Revelado pelo OESP, o 'orçamento secreto' “é uma tática montada pelo governo Bolsonaro em 2020 para beneficiar deputados federais e senadores com a indicação da destinação de dinheiro das emendas de relator-geral (também chamadas RP9) em troca de apoio no Congresso. Ao todo, as emendas de relator somaram R$ 20,1 bilhões no orçamento do ano passado”, acrescenta.

Congresso

“Enquanto o governo tenta emplacar Gomes como presidente da comissão, dois deputados beneficiados pela estratégia do governo devem atuar como relatores, definindo a destinação das verbas federais de 2022, ano de eleições”, afirma o diário.

Ainda segundo o jornal, “a escolha dos relatores ocorre num momento em que Bolsonaro precisa manter seu apoio no Congresso. O presidente é alvo de inquérito por prevaricação na compra de vacinas e tem visto crescer os atos de rua pedindo o seu impeachment. Os dois deputados que devem dar as cartas nas discussões do Orçamento são aliados do governo e próximos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)”.

Num contraponto à atuação do governo, a senadora Rose de Freitas, cotada para presidir a CMO, tem destacado em conversas reservadas a necessidade de diminuir o poder do relator-geral. A posição da senadora tem irritado partidos do chamado ‘Centrão’, que são os mais atuantes na votação da LDO e do Orçamento.

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