Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2025

Inflação volta a pressionar orçamento dos brasileiros

Arquivado em:
Terça, 25 de Outubro de 2022 às 12:07, por: CdB

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 até perdeu fôlego, mas continua em alta. O avanço atingiu 6,85% até outubro. Estava em 7,96% até setembro. O IPCA-15 é um indicador prévio de inflação. Os preços são coletados entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) voltou a subir em outubro, após dois meses consecutivos em queda, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 0,16%. A variação é a menor para o mês desde 2019 (0,09%), mas veio acima das previsões do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam elevação de 0,09%.
real.jpg
A moeda brasileira tende a se desvalorizar ainda mais com a alta nos índices de inflação
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 até perdeu fôlego, mas continua em alta. O avanço atingiu 6,85% até outubro. Estava em 7,96% até setembro. O IPCA-15 é um indicador prévio de inflação. Os preços são coletados entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação — neste caso, de 15 de setembro a 13 de outubro. O índice oficial de inflação do Brasil é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também divulgado pelo IBGE.

Alimentos

Como a variação do IPCA é calculada ao longo do mês de referência, o resultado de outubro ainda não está fechado. Será conhecido em 10 de novembro. O IPCA-15 havia caído 0,37% em setembro e 0,73% em agosto. Em outubro, 3 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados ainda registraram deflação (queda): transportes (-0,64%), comunicação (-0,42%) e artigos de residência (-0,35%). O segmento de transportes, mais uma vez, foi influenciado pela redução dos combustíveis (-6,14%). Assim, contribuiu com -0,13 ponto percentual ponto percentual no índice do mês. A baixa (-0,64%), contudo, foi menos intensa do que a registrada na divulgação anterior (-2,35%).

Carestia

Pressionado pela inflação no ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apostou no corte de tributos para aliviar a carestia. O teto para cobrança de ICMS (imposto estadual) sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte foi sancionado em junho por Bolsonaro. A medida voltou a gerar reflexos. Em outubro, o etanol caiu 9,47%, seguido por gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%). A gasolina teve o maior impacto individual (-0,29 ponto percentual), do lado das quedas, entre os 367 subitens pesquisados pelo IBGE. Já as passagens aéreas aéreas se destacaram pelo aumento dos preços. O avanço dos bilhetes chegou a 28,17%, após subida de 8,20% no mês anterior. Entre os grupos, as maiores variações positivas vieram de vestuário (1,43%), que até desacelerou em relação a setembro (1,66%), e saúde e cuidados pessoais (0,80%), com o maior impacto positivo (0,10 ponto percentual) no índice de outubro.
Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo