Segunda, 07 de Dezembro de 2020 às 11:00, por: CdB
O levantamento semanal do BC apontou que a expectativa para a alta do IPCA saltou agora a 4,21% este ano, de 3,54% na semana anterior. Para 2021, entretanto, a conta caiu a 3,34%, de 3,47%. O centro da meta oficial para a inflaça2o de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.
Por Redação - de Brasília
Economistas entrevistados em pesquisa do Banco Central (BC) passaram a ver a inflação para este ano acima do centro da meta do governo, ao mesmo tempo em que voltaram a melhorar o cenário para a economia tanto em 2020 quanto em 2021. Os dados constam da pesquisa Focus, do BC, divulgada nesta segunda-feira.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do banco para alcançar a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA subiu agora a 4,21% este ano, de 3,54% na semana anterior. Para 2021, entretanto, a conta caiu a 3,34%, de 3,47%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A revisão veio na esteira de forte aumento na alta esperada para os preços administrados este ano, calculada agora em 2,33%, ante 0,81% na pesquisa anterior. Para 2021 a expectativa de inflação dos preços administrados caiu a 4,27%, de 4,80%.
Top 5
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de contração em 2020 foi melhorada a 4,40%, de uma queda de 4,50% esperada antes, na quinta semana de melhora. Para 2021 os especialistas consultados preveem crescimento de 3,50%, contra 3,45% na semana anterior.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve ser mantida na mínima histórica de 2% na reunião de política monetária desta semana do BC, a última do ano. Para 2021 permanece a expectativa de juros básicos a 3%.
O Top 5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 2,0% neste ano, mas aumentou a perspectiva para o fim de 2021 a 3,13% na mediana das projeções, de 2,50%.
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 2,64% em novembro depois de subir 3,68% no mês anterior, com o alívio da alta no atacado compensando a maior pressão do varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Com este resultado, o índice acumula alta de 22,16% no ano e de 24,28% em 12 meses.
Inflação
Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, subiu no mês 3,31%, depois de alta de 4,86% em outubro.
— A contribuição do IPA para a desaceleração do IGP foi generalizada. Os três grupos componentes da inflação ao produtor apresentaram decréscimos em suas taxas de variação — explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
Os Bens Finais tiveram alta de 2,61% em novembro, de 2,95% no mês anterior, enquanto os Bens Intermediários desaceleraram a alta a 3,38% de 4,43% e as Matérias-Primas Brutas subiram 3,80% de 6,78%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI —, por sua vez, acelerou a alta a 0,94% em novembro, de 0,65% no período anterior. Os preços de Educação, Leitura e Recreação passaram a subir 3,00% em novembro, de 1,81% em outubro, enquanto Transportes tiveram alta de 0,93%, ante 0,40% antes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir 1,28% em novembro, depois de avançar 1,73% em outubro. O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.