Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Inflação apresenta maior alta em 22 anos, mas em linha com previsões

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Quarta, 12 de Março de 2025 às 19:37, por: CdB

A alta de 1,31% foi a maior para o mês, em 22 anos, quando apresentou alta de 1,57%, em 2003. O resultado permanece em linha com a mediana das previsões do mercado financeiro, que também era de 1,31%, segundo a agência norte-americana de notícias Bloomberg. O intervalo das estimativas era de 1,2% a 1,41%.

Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou uma aceleração consistente, de 1,31% em fevereiro, segundo boletim divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. A alta veio após variação de 0,16% em janeiro.

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A moeda brasileira tende a se desvalorizar frente a alta nos índices de inflação

A alta de 1,31% foi a maior para o mês, em 22 anos, quando apresentou alta de 1,57%, em 2003. O resultado permanece em linha com a mediana das previsões do mercado financeiro, que também era de 1,31%, segundo a agência norte-americana de notícias Bloomberg. O intervalo das estimativas era de 1,2% a 1,41%.

Com o novo resultado, o IPCA acelerou a 5,06% no acumulado de 12 meses, após marcar 4,56% até janeiro. É a primeira vez que o índice fica acima de 5% desde setembro de 2003 (5,19%). O teto da meta de inflação no país é de 4,5%.

 

Em vigor

O IPCA havia perdido força no primeiro mês deste ano com o desconto pontual do bônus de Itaipu nas contas de luz. Desta vez, a medida só entrou em vigor em janeiro devido a um atraso na conclusão do processo. Com o bônus, a taxa de 0,16% foi a menor para o primeiro mês do ano desde o início do Plano Real, em 1994. Agora, houve uma reversão.

A energia elétrica residencial teve alta de 16,8% em fevereiro, após queda de 14,21% em janeiro. Com o resultado, a conta de luz exerceu a maior pressão individual no IPCA do segundo mês do ano (0,56 ponto percentual). Fevereiro também teve aumento dos impostos estaduais (ICMS) de combustíveis e reajustes sazonais de mensalidades escolares.

A gasolina subiu 2,78%. Foi a segunda maior pressão individual no IPCA (0,14 ponto percentual). A terceira veio do reajuste de 7,51% nas mensalidades do ensino fundamental (0,12 ponto percentual).

 

Dois dígitos

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo ramo de educação (4,7%), seguido de habitação (4,44%). Habitação é o segmento impactado pela alta da energia elétrica. Em termos de impacto, esse grupo teve o principal do índice (0,65 ponto percentual).

O ramo de alimentação e bebidas, que vem pressionando o IPCA, teve alta de 0,7% em fevereiro. Trata-se de um avanço menor do que o registrado em janeiro (0,96%). Apesar do alívio, produtos tradicionais da mesa do brasileiro registraram inflação de dois dígitos em fevereiro. Foram os casos do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%).

Do lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).

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