Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Índice aponta para maior taxa de inflação desde o golpe de Estado

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Terça, 24 de Maio de 2022 às 11:33, por: CdB

De acordo com o IBGE, entre os itens que causaram maior impacto no índice geral estão produtos farmacêuticos (alta de 5,24% e impacto de 0,17 ponto percentual), higiene pessoal (3,03% e 0,11 ponto), passagens aéreas (18,40% e 0,09 ponto), gasolina (1,24% e 0,08) e etanol (7,79% e 0,07 ponto). Na outra ponta, o custo da energia elétrica caiu 14,09%.

Por Redação - do Rio de Janeiro
A “prévia” da inflação oficial teve a maior taxa para meses de maio desde 2016, quando do golpe de Estado que derrubou a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira. O aumento generalizado nos preços atingiu 0,59% – e agora soma 4,93% no ano e 12,20% em 12 meses. Oito dos nove grupos tiveram alta neste mês, segundo o IBGE, que divulgou os resultados na manhã desta terça-feira.
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Segundo o IBGE, as famílias de renda baixa e média baixa são as que sofrem mais com as maiores taxas de inflação
De acordo com o IBGE, entre os itens que causaram maior impacto no índice geral estão produtos farmacêuticos (alta de 5,24% e impacto de 0,17 ponto percentual), higiene pessoal (3,03% e 0,11 ponto), passagens aéreas (18,40% e 0,09 ponto), gasolina (1,24% e 0,08) e etanol (7,79% e 0,07 ponto). Na outra ponta, o custo da energia elétrica caiu 14,09%, após a entrada em vigor da bandeira verde. Também nesse grupo (Habitação, o único com queda em maio), o Instituto apurou aumento médio de 0,81% no gás encanado, com reajuste no Rio de Janeiro. Já a taxa de água e esgoto subiu 0,55%, após reajuste aplicado em São Paulo.

Batata

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (alta de 2,19%) teve a influência dos remédios e itens de higiene pessoal, enquanto Transportes registrou elevação de 1,80%, com aumento dos combustíveis. Também subiu o seguro de veículo: 3,84%, já somando 18,24% no ano. Com reajustes em vários municípios, o custo com táxi aumentou 5,94%, o metrô subiu 2,17% e o ônibus urbano, 0,17%. Em Alimentação e Bebidas (1,52% em maio), o IBGE destaca a influência dos alimentos para consumo na domicílio, com alta de 1,71%. Subiram, por exemplo,, itens como leite longa vida (7,99%) e batata inglesa (16,78%), com impactos de 0,06 e 0,04 ponto, respectivamente. Além desses, “também foram registradas altas em outros alimentos importantes na cesta de consumo dos brasileiros”, como cebola (14,87%) e pão francês (3,84%). Caíram os preços médios de fruta (-2,47%), tomate (-11%) e cenoura (-16,19%, após alta de 15,02% em abril).

Todo o país

A alimentação fora do domicílio subiu mais: de 0,28%, no mês passado, para 1,02%. O lanche teve alta de 1,89%, ante 0,07% em abril, enquanto o custo com refeição foi de 0,45% para 0,52%. No grupo Comunicação, o IBGE cita ainda aumentos da TV por assinatura (4%), plano de telefonia móvel (0,36%) e correio (2,41%). Entre as áreas pesquisadas, o menor resultado do IPCA-15 foi apurado na Grande Curitiba (0,12%) e o maior, na região metropolitana de Fortaleza (1,29%). No acumulado em 12 meses, a taxa vai de 10,38% (Belém) a 13,24% (Salvador). Na Grande São Paulo, ficou em 12,03%. O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 9 de junho.
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