Dois oito índices que compõem o indicador, seis contribuíram para sua queda, com destaque para Índice de Expectativas do setor de Serviços, que recuou 18,3%, e pelo Índice Bovespa, que caiu 29,9%. O Indicador Coincidente Composto da Economia Brasileira, que mede as condições atuais, caiu 0,2% de fevereiro para março e chegou a 105 pontos.
Por Redação - de São Paulo
Os dois indicadores compostos da Fundação Getulio Vargas (FGV), que buscam dimensionar a situação da economia brasileira com base em oito índices, tiveram queda na passagem de fevereiro para março. O Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira, que busca antecipar tendências, caiu 4,7% para 114,5 pontos (em uma escala de 0 a 200 pontos), o maior recuo desde novembro de 2008.
Para analistas, haverá uma queda ainda mais acentuada na produção industrial no ano, ante previsão de alta no primeiro trimestre
Dois oito índices que compõem o indicador, seis contribuíram para sua queda, com destaque para Índice de Expectativas do setor de Serviços, que recuou 18,3%, e pelo Índice Bovespa, que caiu 29,9%.
O Indicador Coincidente Composto da Economia Brasileira, que mede as condições atuais, caiu 0,2% de fevereiro para março e chegou a 105 pontos.
Indústria
Os oito componentes do Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira são: taxa referencial de swaps DI pré-fixada - 360 dias (do Banco Central), Ibovespa – Fechamento do mês, Índice de produção física de bens de consumo duráveis do IBGE e os índices de Termos de troca e de quantum de exportações (da Funcex), além dos índices de expectativas da indústria, serviços e consumidor (os três da FGV).
O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais caiu 1% em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro, na série com ajuste sazonal. O dado mede a produção industrial interna não exportada, acrescida das importações, e foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Na comparação anual, com fevereiro de 2019, o Indicador subiu 1,2%. Em janeiro o indicador tinha registrado alta de 11,1% e fechou o trimestre móvel encerrado em fevereiro com recuo de 3,4%. O acumulado de 12 meses fechou com ligeira queda no consumo aparente, de -0,1%, e a produção industrial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou baixa de 1,2%.
Transformação
Segundo o Ipea, entre os componentes do consumo aparente, houve retração de 1,4% na demanda interna por bens industriais nacionais e avanço de 0,2% nas importações. Fevereiro registrou alta de 6,2% no consumo aparente de bens de capital e de 1,1% nos bens de consumo duráveis, enquanto os bens intermediários tiveram queda de 1%.
Por classes de produção, houve leve alta de 0,4% na demanda interna por bens da indústria de transformação. A indústria extrativa mineral recuou 12,1%, depois do avanço de 28,3% registrado em janeiro. Dos 22 segmentos da indústria de transformação, dez subiram no período, com destaque para máquinas e equipamentos, que cresceu 9,8% em fevereiro.