No primeiro cenário, a pesquisa mostra o Haddad com 20% das intenções de voto, empatado com Alckmin, que tende a abandonar a corrida ao Estado para ser vice de Lula na eleição presidencial. Na sequência, aparecem Márcio França (PSB), com 12%, Guilherme Boulos (PSOL).
Por Redação - de São Paulo
Ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, o professor Fernando Haddad (PT) lidera a disputa pelo governo do Estado, de acordo com a pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira. O levantamento mostra que o petista chega a 38% das intenções de voto se sua candidatura for apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido).
Haddad tem liderado as intenções de votos dos paulistas desde a primeira pesquisa de opinião
No primeiro cenário, a pesquisa mostra o Haddad com 20% das intenções de voto, empatado com Alckmin, que tende a abandonar a corrida ao Estado para ser vice de Lula na eleição presidencial. Na sequência, aparecem Márcio França (PSB), com 12%, Guilherme Boulos (PSOL), com 10%, e Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia (PSDB), com 7% cada.
Em simulação de cenário sem Alckmin, mas com o PSB lançando candidato, Haddad aparece com 28%, seguido por França, com 18%. Boulos, com 11%, fica em terceiro, seguido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (candidato de Bolsonaro), com 10%, e Rodrigo Garcia, com 5%. Mas quando se exclui a candidatura de Márcio França da disputa, Haddad chega a 33% da preferência do eleitor.
Primeiro turno
Ainda segundo a pesquisa Ipespe para o Estado de São Paulo, o ex-presidente Lula lidera a corrida presidencial com 34% das intenções de voto no Estado mais populoso da Federação. O petista tem vantagem contra Jair Bolsonaro (PL), que tem o apoio de 26% dos paulistas. Já o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) conta com a preferência de 11% dos eleitores do Estado, e Ciro Gomes (PDT), 7%.
Além disso, em simulações de segundo turno, Lula também vence todos seus adversários no Estado. Contra Bolsonaro, a vitória seria por 46% a 34%. Se enfrentasse Moro, ganharia com 46% a 33%. Caso o governador João Doria (PSDB) passasse do primeiro turno, o petista teria a preferência de 47% dos eleitores, ante 26% do tucano.
A pesquisa também questionou o índice de popularidade de Bolsonaro e Doria. O governador de São Paulo possui avaliação positiva de apenas 24% dos paulistas, enquanto 38% consideram sua gestão regular e outros 36%, péssima. Já Bolsonaro, é considerado bom para 24% dos eleitores e ruim para outros 56%. Consideram regular a gestão federal outros 19%.
Questão com PSB
Embora a pesquisa aponte a liderança de Haddad, os números ainda não convenceram seu possível adversário, o ex-governador Márcio França (PSB). Ainda que o acordo entre eles para decidir quem concorrerá ao Palácio dos Bandeirantes, em outubro, esteja baseado no desempenho das pesquisas, França pondera que há fatores outros a serem levados em conta.
França compartilhou no Twitter, nesta manhã, sua opinião quanto à última pesquisa Ipespe, que mostra o favoritismo do pré-candidato do PT. Para justificar a manutenção de sua candidatura, França afirma que tem o mesmo potencial de captação de votos de Haddad. Os que 'votam com certeza' e 'poderiam votar' no ex-governador somam 41%, enquanto Haddad tm 42%.
"No cenário que importa para nossa decisão, conforme foi combinado com as direções partidárias, quando se olha: 'voto com certeza' e 'poderia votar', temos um triplo empate: Haddad 42%, Alckmin 41%, MF [Márcio França] 41%. Fica a dúvida, para onde migrarão mais naturalmente os eleitores do Alckmin?", escreveu França.
O PT não abre mão de Haddad e o PSB de França. Na esteira desta disputa, França utiliza as redes sociais para reforçar sua viabilidade como candidato e tenta jogar a pressão sobre o PT e Haddad, que aparece como favorito.