Haddad afirmou à mídia conservadora, nesta manhã, que a decisão final caberá ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas advertiu que, na opinião dos juristas do governo, “a decisão do Congresso é flagrantemente inconstitucional”.
Por Redação – de Brasília
Ministro da Fazenda, o economista Fernando Haddad (PT) avisou nesta quinta-feira, que não há muito a ser feito depois que a proposta de aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi amplamente rejeitada no Congresso. O executivo afirmou que resta ao governo judicializar a questão, encontrar novas fontes de receita ou promover um grande contingenciamento de despesas.

— Vai pesar para todo mundo — avisou.
Haddad afirmou à mídia conservadora, nesta manhã, que a decisão final caberá ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas advertiu que, na opinião dos juristas do governo, “a decisão do Congresso é flagrantemente inconstitucional”.
Segundo o ministro, a expectativa era de que houvesse um acordo sobre o tema após reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), realizada no dia 8.
— Saí de lá imaginando que estava tudo bem. Não só eu, todo mundo. Eu não sei o que mudou — admitiu Haddad.
Faria Lima
Segundo o ministro, ele foi avisado sobre a votação que derrubaria o decreto apenas algumas horas antes.
— Acordei com uma ligação da Gleisi (Hoffmann, ministra das Relações Institucionais) — contou.
Mesmo diante da crise instalada, o ministro não conseguiu falar com Motta ao longo de todo o dia. Questionado sobre o ambiente entre Executivo e Legislativo, Haddad reconheceu anda tenso e atribuiu parte disso à resistência de setores econômicos diante do discurso de justiça tributária por meio da redução da carga dos mais pobres e cobrança de mais impostos dos mais ricos.
— Se a turma da Faria Lima está incomodada, tudo bem — concluiu.