Segunda, 13 de Dezembro de 2021 às 12:11, por: CdB
Embora diante da piora na economia, após um Produto Interno Bruto (PIB) menor do que o esperado, o setor de terceirizados e temporários prefere falar em "otimismo cauteloso", e não fará projeção menor de vagas para o trimestre de outubro, novembro e dezembro, que envolve as contratações para o Natal e o Ano Novo.
Por Redação - de Brasília
A pressão inflacionária e o aumento dos juros afetaram o poder de compra da população. Diante do fato, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) decidiu reduzir a projeção de contratações temporárias para o Natal deste ano. A nova estimativa indica abertura de 89,4 mil vagas. Na prática, representa um corte de quase 5 mil postos frente à estimativa anterior para 2021, feita no último mês de setembro.
Turismo é o maior ativo do Rio, amplamente prejudicado pela pandemia de covid-19
À época, a CNC havia estimado abertura de 94,2 mil contratações temporárias neste ano. Seria o maior nível em oito anos — ou seja, desde 2013. O novo número, de 89,4 mil, no entanto, é o maior desde 2019 (91,6 mil).
— Em uma situação de normalidade de consumo, o varejo teria condições de gerar mais contratações temporárias do que o previsto agora. Esse é o ponto. Os juros estão mais altos para o consumidor, a inflação está em dois dígitos. Diante dessas condições, a revisão teve de ser feita — afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, a jornalistas.
Otimismo
Segundo a CNC, o Natal de 2021 deve movimentar R$ 57,48 bilhões em vendas. Com o desconto da inflação, a projeção sinaliza queda de 2,6% em relação a 2020, o segundo ano consecutivo de recuo. Em setembro, a entidade esperava alta de 3,8%, em termos reais, em 2021.
Embora diante da piora na economia, após um Produto Interno Bruto (PIB) menor do que o esperado, o setor de terceirizados e temporários prefere falar em "otimismo cauteloso", e não fará projeção menor de vagas para o trimestre de outubro, novembro e dezembro, que envolve as contratações para o Natal.